quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Vindimas da Casa do Brás


18 de outubro de 2014
As vindimas da casa do Brás, decorreram este ano de forma "atípica", devido à chuva que tem caído e que neste dia na parte da manhã poucas tréguas deu. Esta circunstância, refletiu-se na produção e aparente baixa qualidade, uma vez que as uvas apresentavam um estado “sanitário” bastante fraco e ainda, por não estarem completamente maduras!
O calor de verão que se fez sentir este ano não abundou, daí o atraso da vindima em cerca de 15 dias!
Mesmo assim, esta faina, que em Espindo, as vindimas da Casa do Brás já são uma tradição, cuja responsabilidade deixou de ser só nossa, mas dos nossos “enormes amigos”, que ano após ano dizem “PRESENTE” ao repto que lhes lanço, patrocinando assim uma reunião alargada de familiares e amigos.
Este ano em especial, não abdicando da seleção e limpeza das uvas, a que se seguiu a pisada, a sua fermentação é o processo mais delicado. As medidas de acidez e açucar são fatores de relevo e que deverão ser tomadas à risca para a obtenção da melhor “pomada”!
Por um período de 7 dias, o mosto vai ser envolvido várias vezes, de modo a que a fermentação se processe nas melhores condições. Passado este período, por visualização e auscultação, percebe-se quando a fermentação está teminada a que se segue o armazenamento deste líquido que se espera precioso e se procede à selagem das pipas para que o nectar fique em repouso, apenas se procedendo à abertura e prova na altura do São Martinho!
Este ano foi assim, esperando estar cá de novo para o ano, para se os nossos amigos quiserem, voltarmos a falar do assunto!
Guilherme Gonçalves
(Casa do Brás - Espindo)











































(carregar nas fotografias para melhor visualização)

1 comentário:

Anónimo disse...

Choteiros, castanhas, uvas, convívio,etc... tudo bons motivos e bons ingredientes para fortalecer amizades e estabelecer o convívio.
Ainda me recordo muito bem de assistir, quando era criança, adolescente e jovem, primeiro às vindimas e, logo a seguir, ao pisar das uvas, que davam um bom vinho.
Depois, com os engaços, era a vez de acender o alambique e proceder ao fabrico da aguardente.
Não havia enólogos e tudo era bem feito e ao pormenor, de uma forma empiricamente sábia.
Muitos parabéns ao Sr. Guilherme Gonçalves por continuar uma tradição ancestral das nossas gentes. Também estas acções são uma forma de Cultura que temos que preservar.
Ruivanense Adoptivo