aqui na página, publicámos em 2025 um total de 546 artigos; no ano passado tinham sido publicados 838 artigos; registaram-se cerca de 518 mil visualizações, face a aproximadamente 267 mil visualizações em 2024;
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na rede social Facebook, contamos atualmente com 3.402 amigos; no ano passado tínhamos 3.186; ao longo de 2025 registaram-se cerca de 939.800 visualizações e 38.800 interações com conteúdos, face a aproximadamente 430.400 visualizações em 2024;
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na rede social Instagram, contamos atualmente com 1.771 publicações e 425 seguidores; no ano passado existiam 1.566 publicações e 420 seguidores; em 2025 registaram-se cerca de 24.100 visualizações e 772 interações com conteúdos;
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na rede social YouTube, temos atualmente alojados 893 vídeos, com 220.718 visualizações acumuladas e 517 subscritores; no ano passado existiam 838 vídeos, 196.515 visualizações e 460 subscritores.
quarta-feira, 31 de dezembro de 2025
Passagem 2025-2026
Como é hábito, no último dia do ano publicamos algumas estatísticas deste projecto "Vila de Ruivães", referentes a este 2025 que agora finda:
(em actualização)
terça-feira, 30 de dezembro de 2025
domingo, 28 de dezembro de 2025
sábado, 27 de dezembro de 2025
«Senhora da Saúde em Vale»
Que bem nos faz regressar às nossas origens e vivenciar as práticas atuais, cujas origens remontam a décadas passadas, que foram a afirmação do povo e se perpetuaram no tempo em homenagem aos seus criadores!..
Celebrou-se, nos dias 12 e 13 do mês de Julho do corrente ano, mais uma edição da festa em honra da Senhora da Saúde no lugar de Vale, União das freguesias de Ruivães e Campos, proporcionando motivo para atrair forasteiros e dar alguma vida a uma povoação que tem assistido à perda da sua gente e consequentemente ao abandono o seu principal recurso, a agricultura.
Caminhava para o fim a década sessenta do seculo vinte, quando o povo do lugar de Vale se uniu para, a exemplo dos demais lugares da freguesia, também reivindicar a sua capela, esta em honra da santa que tinha residência no lugar, mas numa capela particular anexa à casa do Corvo, o que condicionava a sua adoração.
Ainda me lembro do tempo em que a imagem da santa era disponibilizada pelos proprietários daquela casa, transportada de Vale para a vila a fim integrar a procissão nas festas que se realizavam e que ainda se realizam no mês de Agosto em honra de Santa Bárbara, Santa Teresa, São Cristóvão e São Sebastião. Findas as festividades, regressava ao seu local de origem.
Resultou então que, como dizia Fernando Pessoa “Deus quer, o homem sonha, a obra nasce”, com a aprovação da arquidiocese de Braga e a benemerência de proprietários locais, foi disponibilizado o terreno para a edificação da capela e a criação de acessos; estes na altura muito rudimentares, ingremes, em terra batida e poeirenta, mas que não foram obstáculo à afirmação daquele espaço como local da atração em dias festivos.
Naquela época, a fé era tida como um dos valores fundamentais para o equilíbrio social, sendo a crença determinante na obtenção da graça divina para realização pessoal e espiritual. Por isso, foi fácil a mobilização para a concretização de tal propósito, reunindo-se verba através de peditórios e mão-de-obra disponibilizada pela população local para lhe dar forma, como aconteceu, vindo a mesma a ser inaugurada e disponibilizada para o culto no ano de 1971.
Desde então para cá, o povo do lugar vem honrando a Santa no segundo fim-de-semana do mês de Julho de cada ano. Este ano não foi exceção, pese embora o afastamento das pessoas das questões religiosas, o abandono do mundo rural e o despovoamento do interior do país, mas o povo do lugar de Vale, sendo muito poucos, continua resiliente e determinado em manter viva uma tradição que para além do simbolismo que representa, homenageia aqueles que lhe deram origem.
O lugar de Vale, nos dias que correm, não terá muito mais do que trinta habitantes residentes, mas a garra, o empenho e determinação de um povo não se mede pela quantidade, mas pela qualidade e, pese embora os condicionamentos de recursos financeiros, naturais dos tempos que correm, a comissão de festas não deixou de cumprir a tradição e assim permitiu que as ruas do lugar de Vale fossem mais uma vez percorridas em ato de fé, por gente que acredita.
A capela da Senhora da Saúde no lugar de Vale está situada por cima do lugar, com vistas sobre a povoação, abrangendo a vila de Ruivães, os lugares de Espindo e Zebral e parte norte da serra da Cabreira. Apresenta vista panorâmica de encantar, e tem muito bons acessos. É local muito digno de ser visitado. Aliás, o lugar de Vale oferece locais panorâmicos de exceção, que merecem ser visitados.
Fernando Araújo da Silva
2025-07-30
«XV Caminhada pela Cabreira assinala 10º aniversário AJA»
A Associação Juntos pela Aldeia de Espindo (AJA Espindo), em Ruivães, fundada em 2015, celebrou o seu 10.º aniversário com a realização da tradicional Caminhada à Serra da Cabreira, seguida de um animado Almoço Convívio para as gentes da aldeia.
Esta edição contou com a participação de cerca de 40 caminhantes e reuniu aproximadamente 120 pessoas à volta da mesa comunitária, designadamente, com a honrosa presença da Vice-Presidente da Assembleia Municipal, Eng.ª Paula Morais, que representou o Município de Vieira do Minho, representantes do poder local, assim como o Presidente do Conselho de Baldios.
A caminhada permitiu a descoberta de locais emblemáticos de Espindo, a qual teve início às 8:30h da manhã. Os participantes seguiram pelo caminho dos Espereiros, margeando a zona dos rios e as ruínas dos moinhos do Cascão e da Bolata. Seguiram depois em direção à estrada romana até à Sorte de Barbeito de Santo António, Sorte de Mixões, Porditeiros, Placas e Serradela — onde puderam usufruir de uma pausa contemplativa num baloiço com vista privilegiada sobre o Vale do Túrio, ladeado pelos montes de Jadêlo, Arandosa, Pedra Escrita, Cabeço e Cabeça da Vaca. O trajeto passou ainda pela Buraca do Fojo, que alberga o histórico Fojo do Lobo, e pela mítica área da Portela, considerada local da antiga Aldeia Velha de Espindo, cuja existência hoje apenas denunciada pelas ruínas escondidas na densa vegetação.
A aventura continuou com a descida até à Ponte do Poldro, permitindo a observação da cascata do Sarapinheiro no ribeiro do Curral do Toco, e o vislumbre de um dos 13 moinhos originais da aldeia. Na Costa – Carvalha do Lombo, os caminheiros posaram para uma foto que servirá de cartaz para a próxima edição. Seguiram-se visitas ao Forno Comunitário e ao Pólo Interpretativo do Lobo, onde se destacou a relação histórica da aldeia com este animal icónico.
No final, o presidente da direção da AJA Espindo, aproveitou para prestar homenagem aos sócios e amigos que, durante uma década, têm trabalhado com dedicação, destacando nomes como Manuel Pereira, João Paulo, Maria do Rosário, Norberto e Ana; Joca, Eva, Joaquim, Susana, Aníbal, José Costa, André, Amadeu, Paulo, José João, Albino; e ainda José Fecha, Ricardo, Fernando, Joana e Romeu. “Celebrar este dia e a nossa Associação seria vazio se não vos celebrássemos também. Sem vocês, nada disto faria sentido: vocês são o garante — porque transformam o que às vezes parece impossível em realidade, com vontade, empenho e compromisso.”
A mensagem de gratidão estendeu-se também aos sócios falecidos, cujas memórias foram honradas com saudade.
Ao recordar o passado coletivo e olhar com ambição para o futuro, reforçou-se a identidade de Espindo como uma associação vibrante, que preserva tradições e acredita no poder do associativismo como motor de mudança local, tendo ficado evidente que a associação tem sido uma força vital na preservação das tradições, na promoção dos convívios e na dinamização local, contando com pontuais apoios da Câmara Municipal de Vieira do Minho, do Conselho de Baldios e da empresa EOLENERG – Empreendimentos Elétricos SA, o que legitimamente se enaltece e agradece. Porém, a persistente falta de recursos básicos, desde equipamentos essenciais para a gestão da associação até infraestruturas digitais como o Wi-Fi, revelam um desfasamento preocupante entre as necessidades reais da aldeia e as respostas institucionais.
Espindo não pode ficar à margem das transformações que o mundo exige. Os jovens, os visitantes, os residentes – todos clamam por condições que permitam crescer, aprender e prosperar. Não se trata de um pedido de protagonismo, mas de um apelo legítimo para que o poder público reconheça e apoie o trabalho incansável de quem se dedica, sem descanso, ao bem comum.
A AJA Espindo tem a vontade, a capacidade e a visão para fazer mais. O que falta é um compromisso sério das entidades responsáveis para que esse potencial se traduza em resultados palpáveis.
Este é um momento para refletir: queremos mesmo que a nossa aldeia continue a crescer ou preferimos que as oportunidades passem ao lado? A resposta cabe a todos nós — só unidos e com apoio firme poderemos garantir um futuro digno para a AJA na generalidade e para a aldeia de Espindo em particular.
Guilherme Gonçalves (Presidente da AJAEspindo)
2025-08-28
«Homenagem a antigos combatentes em Ruivães e Campos»
A União de Freguesias Ruivães e Campos, com a colaboração do Município, na manhã de 19 de Agosto prestaram dignas homenagens a antigos combatentes na Guerra do Ultramar. Em Campos, foram 55 os que receberam guia de marcha para África e todos regressaram, enquanto de Ruivães, dos 134, três, José Vieira, Fernando Pereira e José Fraga, morreram ao “serviço da Pátria”. Nestas freguesias, junto às igrejas paroquiais, em dois monumentos em pedra granítica estão gravados os seus nomes para que sejam recordados pelos familiares e seus vindouros.
As cerimónias começaram pelas nove horas, em Campos, com celebração de uma missa na igreja Paroquial, presidida pelo pároco, Padre Fernando Machado, que teve o acompanhamento do grupo coral e do estandarte do Núcleo de Braga da Liga dos Combatentes. Participaram também na cerimónia, para além dos presidentes da Assembleia e Câmara Municipal, respectivamente, Luís Carneiro e Elsa Ribeiro, o ex-presidente da Câmara, António Cardoso, o presidente da União de Freguesias, Manuel Pereira, o Coronel António Estudante da Liga dos Combatentes, o Tenente Coronel Pinto da Costa, presidente das Comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, o presidente da AHBVVM, Carlos Branco e o Cabo da GNR Vítor Costa.
Após o Hino do silêncio, interpretado pelo maestro Cristiano Gonçalves, combatentes ou familiares de combatentes já falecidos receberam uma lembrança da Junta de Freguesia, seguida de intervenções de Pinto da Costa, que manifestou o seu sincero agrado, entusiasmo cívico e patriótico por ver concretizado esta homenagem de “culto de memória” e da gratidão devida, a quem deu à nação portuguesa, três ou mais anos da sua juventude, servindo a Pátria onde ela os chamou”. Seguiu-se a intervenção do presidente da Junta, Manuel Pereira, que agradeceu a presença das entidades e dos combatentes e “como representante político desta freguesia, sinto-me honrado por poder materializar esta merecida homenagem a tão generosos e distintos cidadãos que foram também valorosos combatentes ao serviço do país”.
Elsa Ribeiro que encerrou as cerimónias, em ambas as freguesias, com um discurso emotivo prendeu a atenção de todos. Recordou contactos que teve recentemente com familiares que “reivindicavam” estas homenagens. “Cumpre-nos a nós homenagear aqueles que saíram destas terras há mais de 50 anos. Ficaram marcados por uma guerra, longe das famílias, longe da sua terra natal. À medida que ia entregando as lembranças, diziam-me era o meu pai, o meu tio, o meu filho, o meu sogro. Ou seja não foi só os jovens que foram para a guerra. Foi a família que foi para a guerra com eles. A família que sofria tanto, por cada Natal sem eles na mesa. Por cada aerograma que não chegava, por cada carta que não era entregue pelo correio. Tudo isso marcou uma população que está aqui, hoje, com as lágrimas nos olhos. Essas lágrimas são de saudade, de reconhecimento. Mas, é revivendo, é homenageando que nós valorizamos todos estes jovens, estes menos jovens que deram o seu sangue por esta Pária. Estiveram neste contexto tanto tempo que não deviam ter estado. Na sacola pouco mais levavam que a esperança de voltar, muitas vezes até isso lhes foi roubado. Chorar não é sinal de fraqueza, é sinal de sentimento, de saudade. É sinal de amor. Por isso não tenham receio que essas lágrimas saem do coração. Por isso estamos aqui hoje a homenagear estes nossos amigos as, memórias destruíram a sua felicidade, regressaram com sentimento de dor nos seus semblantes. Muitas dessas vivências. Sou professora e é importante que os nossos alunos, os mais pequenos tenham essa noção de quem foram estes heróis e ao passarem, por aqui e verem monumento, possam dizer foi o meu avô, o meu pai, o meu tio. Foi alguém que honrou Portugal com a sua bravura, com o seu sangue. Para todos estes ex-combatentes, para todas as famílias, para todos os que conviveram com eles, o nosso bem hajam, porque eles são, efectivamente os nossos heróis”.
Elsa Ribeiro também teve uma palavra de apreço pessoal, institucional, para o Padre Fernando. “ Sei que não foi fácil para ele fazer a homilia, hoje, porque também é familiar de alguém que está neste contexto”.
De referir que quer em Campos, às 9 horas e em Ruivães, às 11 horas, as cerimónias obedeceram a um protocolo gizado por Pinto da Costa e em ambas as localidades, a Junta de Freguesia ofereceu um lanche a todos e foram muitos, os que participaram nas cerimónias num dia de semana.
«Equipa de Intervenção Permanente dos Bombeiros Voluntários»
A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho informa que, no dia 1 de outubro de 2025, entrou em funções a 3.ª Equipa de Intervenção Permanente (EIP) desta corporação, sediada na Secção de Ruivães.
A constituição desta nova equipa representa um reforço significativo da capacidade de resposta operacional da AHBVVM, garantindo também um alargamento do horário de funcionamento da referida secção. A 3.ª EIP é composta por cinco bombeiros altamente qualificados, todos com formação especializada em emergência pré-hospitalar e nas diversas áreas de atuação relacionadas com as operações de socorro. Com base estratégica na área norte do concelho de Vieira do Minho, esta equipa vem assegurar uma resposta mais célere e eficaz no apoio às populações, contribuindo para o reforço da segurança e do socorro naquela região. Esta iniciativa resulta de uma parceria institucional que envolve a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho, a União de Freguesias de Ruivães e Campos, a Câmara Municipal de Vieira do Minho e a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil(ANEPC). De destacar que a Câmara Municipal de Vieira do Minho e a ANEPC assumem, em partes iguais, 50% dos custos com o pessoal desta equipa. A AHBVVM sublinha que este reforço é mais um passo no compromisso contínuo de servir e proteger a população vieirense, elevando a qualidade da resposta em situações de emergência.
2025-10-14
«Ser Bombeiro, é...»
Vulgarmente, define-se bombeiro como a pessoa que tem por missão a extinção de incêndios e que auxilia todos aqueles que foram vítimas de acidentes.
A verdade é que este é o seu trabalho, mas a definição parece ser redutora, quando muitos destes homens e mulheres colocam em risco a sua vida em benefício da sobrevivência dos outros. Uma profissão de bravura e coragem, que não se coaduna com uma simples definição, porque a sua grandeza e extrema importância são muito maiores. Mergulhando na história dos bombeiros, sabe-se que foram os hebreus e os gregos os primeiros povos a despertar para a importância do combate ao fogo. Para tal, criaram vigias noturnas responsáveis por rondas e pelo alarme em caso de incêndio. Também na antiga Roma havia grupos de pessoas que faziam o policiamento durante a noite, dando o alerta em caso de fogo ou outro tipo de acidentes.
Em Portugal, a história dos bombeiros inicia-se com a carta régia de D. João I, datada de 1395. Nela podia ler-se: “em caso que se algum fogo levantasse, o que Deus não queria, que todos os carpinteiros e calafates venham àquele lugar, cada um com seu machado, para haverem de atalhar o dito fogo. E que outros sim todas as mulheres que ao dito fogo acudirem, tragam cada uma seu cântaro ou pote para acarretar água para apagar o dito fogo”. Ainda no nosso país, a história das Associações de bombeiros inicia-se em 1868, com a criação da Companhia de Voluntários Bombeiros de Lisboa, que mais tarde passou a designar-se de Associação de Bombeiros Voluntários.
No nosso concelho, Vieira do Minho tem a sua Associação de Bombeiros, com uma secção em Ruivães com excelentes instalações que muito nos orgulha, pena é que tenha perdido o fulgor que teve inicialmente, mas que fazer? Já Camões dizia: “Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades”.
Toda a minha vida admirei os bombeiros, e trinta anos da minha vida profissional estiveram ligados a inúmeras Corporações que me levaram a percorrer o país de norte a sul, e em cada delas fiz excelentes amizades, e só lamento que os bombeiros voluntários não sejam uma instituição estatal como acontece na maioria dos países desenvolvidos. Como me chocava ver corporações a subsistir de cotizações, peditórios para a compra de uma ambulância, ou rifas para uma viatura. Enfim!
Saudações ruivanenses.
Manuel Joaquim F. de Barros
2025-10-14
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