E esta fotografia tirada há cerca de um mês atrás, em plena barragem, de canoa. Uma perspectiva diferente da ponte e do rio!!!
E esta fotografia tirada há cerca de um mês atrás, em plena barragem, de canoa. Uma perspectiva diferente da ponte e do rio!!!
Nada estava combinado, mas quiseram assim seis amigos Ruivanenses, que às três da tarde decidiram ir até ao Saltadouro dar um mergulho no rio.
Infelizmente o caminho por Frades, que percorre toda a encosta por trás de Vale está intransitável e o melhor percurso tem que ser feito por Salamonde, mais concretamente pelo caminho que começa junto à Capela das Almas do Rio Mau; felizmente, dois desses amigos têm veículos todo-o-terreno e foi rápido chegar ao destino. Mesmo assim ainda houve alguns contratempos, entre os quais um furo no pneu, que não estava previsto.
Chegados ao destino, havia que dar uns mergulhos e desfrutar de toda a zona envolvente ao rio, com as suas quedas de água, que neste fim de verão já vão diminutas.
Quisemos partilhar estes momentos com todos os Ruivanenses, em parte, uma vez que era impossível colocar aqui todas as fotografias.
Se lá quiserem ir, não se esqueçam de levar calçado e roupa apropriada porque é preciso.
Assim terminaram as Festas de Ruivães, com a caminhada até à Capela da Roca de toda a gente a acompanhar a Banda de Música, seguindo assim uma tradição de longos anos. Foi o culminar de uma actuação da Banda de Riba d' Ave que deliciou todos os presentes.
Pela noite dentro a actuação do conjunto "PBX" (pensamos que é assim que se escreve) e o anúncio da mesma comissão para o próximo ano.
Da nossa parte tudo faremos para cá estar no próximo ano a relatar em cima do acontecimento as Festas de Ruivães 2006.
Ao fim da manhã de domingo, a Missa, celebrada pelo Padre Martinho Araujo e brilhantemente acompanhada pelo Coro Musical da Paróquia de Ruivães.
Depois segui-se a procissão, com o trajecto habitual percorrido pelas principais artérias da Vila de Ruivães.
A manhã de domingo começou com o grupo "Alvoradas da Cabreira", que apesar de eternamente em re-definições (permitam a crítica), não deixou de alegrar os poucos Ruivanenses que já estavam acordados, bem como os que iam acordando.
Uma palavra muito especial, aqueles (muitos) que tiveram a amabilidade de pôr à disposição uns cálices de Vinho do Porto e umas bolachinhas para os Alvoradas da Cabreira.
Aí estão as Festas de Ruivães 2005!!! Já começaram ontem com a procissão de velas entre a Capela da Roca e a Igreja Matriz, seguidas de cantares ao desafio.
Fora do programa oficial, alguns artistas da terra decidiram presentear os resistentes com um concerto improvisado em plena rua, sem palco nem aparelhagem. Pena é que não haja registos fotográficos dessa passagem.
Hoje pela manhã tivemos a tradicional prova de atletismo desde o Cambedo (Campos) até à Vila. Novos e velhos, mais ou menos preparados, o mais importante, para alguns, foi mesmo participar em mais este evento desportivo, que já é uma referência das Festas de Ruivães.
Algumas fotografias de alguns dos participantes, uma vez que era de todo impossivel colocar aqui fotos de todos os participantes; perto de quarenta.
Mas há mais previsto no cartaz das Festas que continuam hoje todo o dia e amanhã.
A uma semana das Festas de Ruivães, o pessoal do Ruivães Ciclo Club realizou um passeio ao S. Bento da Porta Aberta. Ao que parece, tudo correu bem, mas podem comprovar isso no seu sítio oficial em http://ruivaescc.blogs.sapo.pt
A propósito das Festas, em breve será aqui colocado o programa oficial.
Já está em fase de conclusão a nova Ponte de Frades para Cabril. Faltam ultimar os acessos, para a inauguração esperada antes de Outubro.
Esta ponte ansiada pelas populações das duas margens, há mais de 50 anos, vai ser um pólo dinamizador do turismo por estes lados.
Reviver o passado em Ruivães
Cont. da penúlt. edição
Para mim, porém vejo essa agressividade da Natureza com um tom de beleza carregada de mistério sim, mas bela na mesma pela imponência daquela cordilheira que cresci a admirar, e que da janela de minha casa espreitava quando ainda nem ao parapeito chegava. No Inverno então, quando a neve cobria a serra, pensava para mim que o Paraíso era ali!
Voltando ao meu observatório, à minha esquerda não me nos imponente, a serra da Cabreira verdejante como sempre, com o “Tôco” lá no alto, pertinho do Céu, qual cortina coloca da pelo Criador para protecção de Ruivães que se aconchega no seu sopé.
Completando o cenário, destaca-se ao fundo o lugar de Vale, já que Ruivães não se avista, e o Cemitério onde descansam os meus antepassados. Essa é a visão que mais me choca, mas evito pensar nisso, antes me embrenho nos outros trechos da paisagem.
Estendo-me sobre o rochedo, banhado pelo sol, fecho os olhos e aspiro o meu cachimbo deixando o pensamento retroceder no tempo, cinquenta anos atrás, até à minha infância vivida nesta aldeia.
Nessa altura, calcorreava os caminhos entre campos que me conduziam até aqui, em busca de ninhos, aos “choteiros” no tempo deles, ou simplesmente numa peregrinação em busca do desconhecido, pois acabada a escola, nada fazia e tinha de matar o tempo de qualquer forma.
Lembro-me destes campos tão férteis, onde se cultivava o milho, feijão, batata, etc. Hoje são matagais intransponíveis, imperam os fentos e as silvas.
Lembro-me da chiadeira dos carros de bois e dos gritos de incitamento aos pobres animais, que arrastavam pesadas cargas por estes caminhos de piso tão irregular, castigados ainda por cima por desumanas vergastadas e aguilhoadas. Mas tinha de ser, era a lei dos homens. Hoje nada define esses caminhos, intransitáveis, carros de bois já não há e até gado é uma raridade.
Tudo está diferente, agora é o silêncio que impera na vida campesina. Já não há desfolhadas nem vindimas com cânticos que enchiam estes ares de alegria, se vê vivalma, parece que os pássaros abalaram e não mais voltaram.
Lá no fundo, passa a estrada e é o ruído dos carros o único som que escuto nesta queda melancolia. Passam numa correria descrevendo as curvas como ranger dos pneus, e isso me faz voltar à realidade e concluir que este nada tem do Ruivães do meu tempo.
Tudo está diferente, mais civilizado, o progresso tomou conta da aldeia, mas nada disso me cativa. O que amo nesta aldeia, são os campos mesmo sem cultivo, a serra da Cabreira ainda que desfigurada por inestéticas hélices lá no alto, o rio, a pureza do ar que ainda por aqui se respira, mas o que mais amo ainda, é recordar a minha infância aqui vivida, e só por isso esta será sempre a ditosa terra minha amada.
Um dia parti, sem saber quando voltava, ou se voltava mesmo, pela graça de Deus voltei e voltarei enquanto o Criador o entenda, e com Ele fiz um pacto, de um dia voltar para não mais partir!
Manuel Joaquim F. Barros
Temos o prazer de informar todos os Ruivanenses que após o próximo dia 18, já será possivel aceder à Internet na nossa Vila, através da linha ADSL.
Não sabemos se teve alguma coisa a ver com a nossa petição, mas mesmo assim, podemos dizer que valeu a pena.
A todos os que se interessaram por esta causa, o nosso Obrigado