Ruivães (Vila)
domingo, 25 de junho de 2006
quinta-feira, 22 de junho de 2006
Ruivães
Com o olhar sobre a Serra da Cabreira, sentada no sopé da montanha que, ficticiamente construo, solto asas à imaginação e deixo-me conduzir por ela.
Neste estado de pensativa errante, uma questão brota, mais pertinente que as demais: falar num lugar é falar das suas gentes!
Numa viagem pelo tempo, recordo a infância, os percursos a fazer para a escola, por caminhos enlameados e cheios de salamandras. Vejo os campos a serem cultivados por diferentes gerações e amigos que da mesma sorte que eu não gozavam, impedidos de irem à escola.
As histórias contadas ao serão pelos mais velhos fazem-me, ainda hoje, viajar por épocas que desconhecia.
Lembro-me, particularmente, da história de Manuel, que não sendo ruivanense de gema, fez desta terra a sua. Fugido da Guerra Civil Espanhola aqui assentou arraiais e fez família. Com contactos em Espanha, sempre que subia aos montes para guardar os rebanhos que por lá se manteriam durante o Inverno, trazia da raia (o que era crime) cordas, sacholas, cordões e outros a quem tais favores lhe suscitava.
Histórias de fome e de vida! Numa altura em que tudo escasseava e nada era de desperdiçar, pagava-se a côngrua e sob o olhar atento da PIDE escamoteavam-se os passos.
E nas horas que se pensavam mortas seguiam pela ponte de Frades (Misarela) ouvindo a melopeia das águas, no encalço de conseguirem trazer para casa um naco a mais.
Bastava querer e sob a suposta bênção divina ou política fazia-se, como refere Bento da Cruz, na obra “Lobo Guerrilheiro”: “Chegou-me há pouco a informação de que, a pedido do Padre Júlio de Ruivães, capelão do Paiva Couceiro, aquando do ataque a Chaves, a quem o Tinente obedece como um podengo, foram destruídos os tanques da povoação de Chelo (…)”
Aldeias como Tourém, Vila da Ponte, Parada e Ruivães acolheram “clandestinamente” elementos da frente que se opunha ao regime franquista, que tantos crimes hediondos perpetrou.
Uma terra de apelidos pouco habituais que nos devem suscitar curiosidade e indagação como: Gil, Bárbara, Malaínho e Fraga entre outros, povoaram a nobre Ruivães, deixando-a hoje num estado de nostalgia. E se por nostalgia entendermos a ânsia de regresso, a saudade de volver a sua áurea, então é nostálgico este fado!
Caída no esquecimento do edil vieirense e recordada apenas pelo matiz eleitoralista. Ponto estratégico, de gentes e costumes ímpares, o edil tem-na votado ao distanciamento temporal. E a torrente enlameada e sufocante da desertificação que impera, suscita de forma Nietzschiana a música dionisíaca de transmutação e transfiguração da realidade, mormente associada à ideia de vitalidade e apelo à afirmação trágica da vida: o de desejar continuar a viver sem falsos moralismos, acatando a dor e o sofrimento. Qual sentimento trágico que imana na totalidade que a vida é!
Milan Kundera uniria indelevelmente a sua voz neste sopro dizendo: “A gigantesca vassoura que transforma, desfigura, apaga paisagens, trabalha há milénios, mas os seus movimentos, outrora lentos, quase imperceptíveis, aceleraram-se tanto….!
Carla Silva
quarta-feira, 21 de junho de 2006
Escola Primária
domingo, 18 de junho de 2006
sábado, 17 de junho de 2006
Sobre "O Mutilado de Ruivães"
sexta-feira, 16 de junho de 2006
As nossas bandeiras 3
Em Abril ainda havia vestígios da anterior colocada lá por altura do Euro 2004, hoje já encontramos uma nova, na Botica.
quinta-feira, 15 de junho de 2006
terça-feira, 13 de junho de 2006
Está actualizado o sítio do Ruivães Ciclo Club, desta feita com fotografias da participação de quatro "duros" no passeio BTT de Braga realizado no sábado dia 10.
sábado, 10 de junho de 2006
Como neste feriado nacional a Junta de Freguesia não colocou a bandeira nacional no sitio próprio, resolvemos mostrar uma que se encontra à entrada do centro da Vila de Ruivães, não porque hoje é feriado mas em sinal de apoio a nossa Selecção A de futebol que está na Alemanha a participar no Mundial 2006.
A propósito dessa participação, achamos que seria interessante colocar aqui fotos com as bandeiras colocadas às janelas dos Ruivanenses que estão espalhados por esse mundo fora, mas para tal precisamos do vosso contributo.
Hoje, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, enfim, dia de todos nós Ruivanenses, oriundos desta Vila encravada entre as serras da Cabreira e do Gerês, dizemos:
VIVA RUIVÃES, VIVA PORTUGAL!!!
E venham de lá essas fotos.