sexta-feira, 15 de junho de 2007

Quartel dos Bombeiros - Inauguração IV











Ruivães, no Dia de Portugal, festejou com pompa e circunstância a inauguração das instalações do Quartel dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho-secção de Ruivães.



Envolto em polémica desde a assinatura do protocolo em 15/07/2002, entre a Câmara Municipal, a CPPE e a REN, envolvendo verbas de 300 mil euros, o novo edifício benzido pelo pároco da freguesia, Padre Martinho e pelo capelão dos Bombeiros, Padre Lameiras parece devolver paz e concórdia. Esse é o desejo da população Ruivanense que quer enterrar de vez o "machado de guerra".


Sob chuva miudinha e ao toque da Fanfarra dos Bombeiros Cabeceirenses, procedeu-se à apresentação por parte do presidente da Associação Humanitária, Fernando Dalot ao comandante da corporação António Macedo das individualidades presentes. Após a revista da formatura do corpo activo pelo presidente da Câmara Municipal, Albino Carneiro, do descerramento da placa alusiva à inauguração e ainda da bênção de duas viaturas, apadrinhadas por, José Maria Pereira e Eugénio Lemos, a população dirigiu-se à garagem do parque automóvel onde decorreu a sessão solene.


Com a mesa formada por onze individualidades a mestre-de-cerimónias, a professora Maria Ferreira abriu a sessão considerando um dia importantíssimo para os Ruivanenses ao inaugurar uma obra tão desejada e tão difícil de conseguir.


"Contornados, ultrapassados e até vencidos alguns "Adamastores", eis que chegamos, não à terra desejada, mas à obra ambicionada. É com Homens de palavra e firme carácter que as indecisões passam a decisões e os problemas se solucionam", disse de uma forma eloquente Maria Ferreira que depois de citar Camões deixou uma mensagem: "É hora de união, deixemo-nos de separações e lutemos pelo bem-estar das nossas populações".


O presidente da Associação Humanitária agradeceu aos responsáveis da CPPE e REN e a todos aqueles que lutaram para que o patrocínio fosse alcançado e concretizado e congratulou-se com a solução dada à problemática da propriedade do edifício, "com o empenhamento da Câmara e da Junta de Freguesia de Ruivães, no final de 2006". Terminou por agradecer os donativos de firmas e particulares que foram utilizados no equipamento das novas instalações.


O Comandante dos Bombeiros recordou o protocolo de comodato assinado em 25 de Abril último que permitiu a instalação da Secção naquele local e prometeu distribuir um veículo pesado com mais capacidade de água e se "a zona nordeste do concelho ajudar vamos reequipar um veículo desencarcerador que ficará neste Quartel", atendendo à perigosidade da EN 103. A renovação do quadro activo com 16 novos bombeiros, foi outro facto registado com agrado por António Macedo.


O 2º Comandante Distrital da Autoridade Nacional de Protecção Civil, com raízes familiares ligadas a Ruivães, manifestou o seu contentamento não só com aquela infraestura, que acaba de ser inaugurada, bem "como novas viaturas, aumento do número de órgãos de comando e à entrada de duas novas fornadas de bombeiros."

Paulo Dias referiu ainda as catástrofes que aconteceram na zona tais como os incêndios na serra da Cabreira em 1995, 1982, 1998, e os do ano passado.


O presidente da Junta de Ruivães, visivelmente comovido após agradecer ao executivo actual e ainda ao Eng. Travessa de Matos e engenheiros da EDP, referiu-se à freguesia em festa e que a decisão tomada contribuiu para o bom funcionamento dos bombeiros. Para João Sousa, virou-se novo capítulo dos bombeiros e não houve vencidos nem vencedores.


Seguiram-se intervenções do representante da Federação Distrital e da Liga dos Bombeiros e do representante do Governador Civil de Braga que tiveram palavras de congratulação para o comando e corpo activo dos bombeiros e pediram que aquela Secção tivesse mais bombeiros durante o dia para a segurança de todos. O empenho das populações daquela zona e o apelo à vigilância dos fogos também não foram esquecidos.

O presidente da Câmara encerrou a sessão afirmando "o extraordinário significado para os bombeiros, populações de Ruivães e freguesias vizinhas e também para o nosso concelho e para o Executivo Camarário, que fruto de trabalho, vontade e diálogo, conseguiu esta excelente solução". Citando Fernando Pessoa "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce", Albino Carneiro agradeceu ao grupo EDP, na pessoa do Eng. José Penedos o inestimável contributo financeiro e saudou o empenhamento das populações, que sempre apoiaram e viram com bons olhos a construção deste edifício.


Seguiu-se um desfile apeado do corpo activo dos bombeiros que deu a volta no centro da Vila e, no regresso, um "beberote" esperava os convidados.


 


 


 



 


 


Noticia retirada de: www.jornalregional.com

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