Fala-se muito de politicas de proximidades, enquanto a desertificação vai avançando. A maior dor de cabeça é a falta de dinheiro, porque a maquia quase total vai para o litoral e as grandes cidades, enquanto o interior pena a mendigar. Falta também muita imaginação.
Há dias, num café da nossa terra, alguém disse que apesar da extensão do Centro de Saúde, da “filial” dos Bombeiros de Vieira, da estrada pela Cabreira, alcatroada pelo actual executivo, e da estrada e ponte que nos liga, em Frades, às freguesias de Cabril e de Ferral e suas aldeias do concelho de Montalegre, Ruivães não tem um projecto que a transforme num segundo centro do concelho vitalizador e dinamizador de um progresso, numa politica que nos aproximasse às restantes freguesias vieirenses da zona e ao concelho vizinho, estudando e realizando um projecto comum Outra pessoa avançou, nessa conversa animada, que nem a riqueza da história da freguesia serviu para “uma pega de frente” para arrancar a nossa terra de um marasmo doentio e mortal, à medida que vamos envelhecendo e ficando cada vez mais sós. Em jeito de conclusão, um outro conversador sugeriu que talvez o bicentenário das invasões francesas nos faça acordar para essas realidades. E acrescentou acreditar que, tendo Ruivães um presidente de Junta jovem e dinâmico, embora prisioneiro da escassez de meios, algum dia se arranque, no mínimo, para uma reflexão sobre o nosso futuro comum. Aqui fica a sugestão: Vamos todos pensar no amanhã!
Um Ruivanense
2008-02-28
12 comentários:
deve haver engano porque a noticia foi retirada no dia 1 de Março e ainda estamos em 28 de fevereiro
o jornal de vieira por causa da sua distribuição por quase todo o mundo aparece nas caixas de correio e na internet com um ou dois dias de antecedência, logo, não é engano.
Permitam-me, antes de tudo, uma alusão breve aos comentários que, por vezes, aqui se encontram. São questões de somenos importâncias estas acerca da data do artigo. O que interessa aqui, de facto, é conteúdo do noticiado. Ruivães vive num marasmo e num isolamento, cada vez maior, sobre o qual importa reflectir e actuar. Existam, pelo menos alguns, como este senhor, que falem, escrevam sobre a nossa terra...
é verdade Carla, "Ruivães vive num marasmo e num isolamento, cada vez maior, sobre o qual importa reflectir e" principalmente "actuar", mas acho que aqui é que reside o problema já que muito se tem falado e pouco se tem feito!
Seria interessante publicar os imóveis que presentemente se vendem na freguesia. Creio que os pais da menina Carla,e se estou enganado, peço desculpa, que tão atenta se tem revelado, vendem ou vendiam a habitação que possuem na freguesia. Tanto amor pela terra...lá longe, no conforto da cidade.
Bom trabalho
Caro Alguém,
Não tenho por hábito responder a ataques irónicos que partem, ainda por cima, de alguém que não tem ombridade suficiente para revelar o seu nome. Primeiro: não lhe compete a si ajuizar relativamente à venda ou não da casa;
2- A casa não está nem nunca esteve à venda;
3- se entende por conforto andar a viajar de terra em terra, que é o meu caso, então estamos mal;
4 - Quando afirmo ou nego faço-o mostrando quem sou;
5- não admito que me sejam feitos ataques à pessoa, aceito ataques aos artigos ou opiniões, nunca à pessoa;
Porque não tenho por hábito compactuar com situações como estas, de ataque à pessoa ao invés de se atacar a tese. E note-se que quando isto acontece entramos num juizo falacioso "ad hominem", informo todos os leitores assíduos deste espaço de que, doravante, deixarei de tecer opiniões ou contribuir com artigos, fotos ou outros para o blog.
Carla Silva
Não foi minha intenção atacar, de maneira alguma,a sua pessoa, nem desvirtuar todo o contributo que tem prestado neste espaço. Se assim o entendeu as minhas sinceras desculpas.
Boa noite:
Obrigo-me a tecer algumas considerações sobre o que aqui vejo exposto. Sou amigo da pessoa que, atarvés de uma ironia subtil, se tenta ferir, no caso específico, a Carla. Creio que concordarão comigo que o contributo que tem dado ao blog, assim como o contributo que dá com os seus artigos sobre a freguesia que, ama de facto, apesar da distância a que se vê obrigada, tem sido muito bom. Lamento que situações como a acima exposta aconteçam. Aproveito, também, para dizer à Carla que, mais uma vez, mostrou ser uma mulher honrada e sempre à altura de responder com seriedade e honestidade a comentários que pouco contribuem para o sucesso desta página. Mais vos digo que conheço esta freguesia - eu e tantos outros como eu- graças à sua casa da aldeia, que tão bem nos acolhe durante os períodos possíveis de retiro. O conforto da cidade de que se fala é duro... Eu em África, ela a 700 kms da sua terra natal e a 650 dos que mais amam. E o amanhã pode ser aqui mesmo em África, não é assim a vida errante???
Deixar as raízes é duro!! Como ousam alguns questionar aqueles a quem, pouco mais resta a saudade dos tempos de infância? Quem lhes dá o direito de se apresentarem mais sabedores do que o são? Estou francamente irritado. Resposta clara, curta e directa. Terei todo o prazer em cruzar-me consigo, novamente, Carla. Tem a minha admiração pela forma como escreve. Aproveito para lhe dar os parabéns pelo artigo do Jornal de Vieira do Minho!
os comentários passarão a partir desta data a ser moderados, para ver se este tipo de situações acaba.
Não conheço a Carla a não ser do J.Vieira mas o que tenho lido é de boa qualidade. Pena que tenda para um certo cepticismo(Exemplo: marasmo em que se vive em Ruivães + ou - isto).
É óbvio que não é só em Ruivães. Todas as aldeias de Portugal estão envelhecidas e o que fazem os idosos?
Não há jovens, não há crianças que são os que alimentam as gerações sucessivas e criam movimento a todos os níveis.
Eu já fiz muito pela minha terra e agora parei um pouco até porque sempre que o fazia havia críticas e todas sem fundamento algum ,pois para se fazer algo tem de se conhecer e de aprender a fazer. Nesta terra há muito quem critique apenas pela crítica e isso nada vale. ATÉ SE INVEJA A SABEDORIA!
Estou a gostar do vosso interesse neste blog desde que não se fique "apenas no papel".
São os jovens que têm de dar testemunho segundo a sua personalidade, a sua formação. Eu cumpri bem o meu tempo.
Agora dedico-me ...à pesca(sem ofensa).
cONTINUEM
Gente estão a ser criticos demais. A situação vivida por Ruivães é a mesma de muitas aldeias em Portugal e fora. Venham dar uma volta nas do Brasil, talvez certos mudaram de opinião. Dou meus parabens aqui continua fazendo viver Ruivães, estou percebendo que muito dos que conheço estão por ai. E amo minha aldeia, sinto muitas saudades dela, faz 5 anos que não a vejo e entendo bem a Carla. Em breve poderei sentir o cheiro desta vila... Me aguardem, em Julho estarei na minha casinha passando férias. Que bom! Admiro muito o vosso trabalho, continuem.
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