domingo, 26 de outubro de 2008

 



 


 

4 comentários:

ermelinda silva disse...


Sempre magestosa e linda!

Ruivanense Adoptivo disse...

Mais uma excelente perspectiva da Igreja de S. Martinho de Ruivães. Cada vez que surge uma fotografia desta Igreja, recordo necessariamente Monsenhor Alberto José Gonçalves e tudo o que de bom ele fez nos cinquenta anos em que paroquiou Ruivães.
Não esqueçamos que no próximo dia 13 de Dezembro passam cinco anos sobre o seu regresso à Casa do Pai.
Bem sei que ninguém morre, e muito menos os grandes Homens; Monsenhor Alberto José Gonçalves foi um autêntico Gigante do seu tempo e a sua memória jamais esquecida pelos Ruivanenses a quem tão devotadamente serviu duranre maio século.

merck disse...

Monsenhor,foi um dos homens que não nasceu na nossa terra e o que fez mais pela nossa terra.
Muita gente certamente já esqueceu mas não deveriamos.
Ele fez viver a nossa aldeia com a escola e por fim com o lar.
a escola deixamo-la ir para outros lados e o lar felizmente ainda existe.
Se muita gente fosse como ele ,RUIVÂES ,hoje seria RUIVÂES.

ermelinda silva disse...


Concordo MERK! Monsenhor Alberto quando começou a conquistar fama e poder não o aproveitou apenas para si próprio. Deu a mão a muita gente que hoje tem vergonha de o afirmar porque ele "já cá não está, não é?Trouxe títulos e obras para Ruivães, levou Ruivães a todo o lado porque sabia estar(era um conhecido pregador). Monsenhor Alberto era um homem cerebral, um "Homem de caneta" como lhe chamou há tempos um colega do Concelho, um temperamental e sentimental.

Mas logo que fechou os olhos, viu-se o procedimento quase colectivo; ainda pensei que a sua campa se transformasse em caminho de romagem com manifestações de carinho, de agradecimento, de recordações. Mas ele sabia, como o Povo é ingrato!

O seu funeral foi o de um Político porque os Padres, esses, não tiveram uma Palavra para dizer ao seu Arcipreste na hora da partida. Na Missa de 7º. Dia jé era tarde...

Os Paroquianos choraram-no, quase todos. Não há homems nem mulheres perfeitas e ele também o não era. Mas o mal dele e de toda a gente de poder, seja na Igreja seja fora dela, é quando ouvem tudo sem julgamento e fazem juízos a vulso sobre quem calha.

Pensam sempre que "quem não é por mim, é contra mim", e depois dá-se mesmo o caso de se ser "contra".

No livro que lhe dediquei após um ano do seu falecimento (O pequeno alberto),resumi bem ,quase tudo da sua vida, do seu carácter, das suas acções.

Claro que ele merece muito mais! Já lá vão uns anos e o que se conseguiu foi uma fotografia à entrada do Lar. Está bonita a pintura. É um símbolo de carinho, mas é pouco!

Porque não um busto?

E eu dei-lhe pelo menos um "Não"! Mas reconheço a altura que têm as pessoas!

Se muita gente pensa que sabe tudo, engana-se; eu estou muito por dentro das vidas de cada um. Quando vinha cá de férias era comigo que ele confidenciava a vida e os problemas dos lugares, as dificuldades de toda a ordem. Por isso alguns me chamam ainda " a protegida do Pe. Alberto). Se muitos sonhassem o que eu sei, não andavam aí a entoar cânticos falsos.

É que todos temos telhados de vidro. E eu sei muito mas nunca me permitirei a contar seja o que for, além daquilo que o bom-senso manda.

Portanto Ruivanenses, a minha parte está feita e a solo!

Se quiserem eu escrevo outro livro, com mais páginas, com mais histórias da vida do Monsenhor e da de todos, mas esse não sei se iriam gostar de ler!

Sabem quando o Pe. Alberto me descobriu?

Andava eu na 4ª. classe e daí a 3 dias vinha cá o Senhor Bispo; não havia ninguém para decorar em 3 dias um Discurso(segundo a Professora). Escolheram-me a mim mas ele não queria porque eu não era de famílias ricas. Deu como resposta à Professora:" Ora, ora, minha senhora, escolha outra criança!". A Professora respondeu-lhe: "Não tenho mais nenhuma".

Aceitou contrariado, e desde aí, sempre me protegeu e nunca mais escolheu outras pessoas para fazer discursos, pelo menos até às Suas Bodas de Oiro Sacerdotais!

Tenho uma foto que posso enviar e que demonstra bem o que acabo de dizer. Estou eu e a Zeza. Ela muito bem vestida com um envelope na mão e eu, de sandálias de plástico nos pés, umas tranças com umas fitinhas brancas, e um pobre vestido branco de seda fraca pelo joelho que alguém me deu. Muito feia, lá disse de memória, um grande Discurso proferido alto e bom som do cimo da escadaria...

Vejam que ao escrever o livro poderia ter acrescentado essa e outras histórias, mas não.

Monsenhor Alberto merece muito respeito porque conseguiu entre muitas obras, trazer para Ruivães o título equivalente a Capelão de Sua Santidade ,o Papa, ou seja, o título de Monsenhor!

Portanto estou inteiramente de acordo que a Paróquia inteira lhe deve uma homenagem como deve ser.