Ao menos aparentemente, há por aqui umas pinceladas de cal branca a tapar a pedra. Pessoalmente gosto muito da pedra. Mas a fotografia está muito sugestiva e é muito interessante
Em cima os quartos, uma retrete (com ligação para a corte a fim de se fazer o estrume para os campos), uma salinha, a cozinha típica toda escura, com maceira para o pão, os potes ao lume com uma talhada de carne, feijões e couves. O tradicional banco de madeira(escano). Um fumeiro do ano ano anterior pendurado por cima da lareira. Por baixo a corte do gado, os arrumos da lenha , a estrumeira, os carros de bois, o arado, as gadanhas, os engaços, as enchadas... o porco para sebar e matar no Carnaval...
Que saudades de tudo isto!
Por fora, a casa o mais protegida possível sem atender a qualquer efeito estético compatível com a ruralidade.
Mas não desvirtua o lugar. Lá estão as escadas de pedra, a porta da corte com aquele fecho de madeira em cruz, o buraco na porta de casa para entrar e sair o gato e para deixar a chave ou os recados. Tudo no sítio!
Linda descrição etnográfica,magistralmente feita pela Dr. ª Ermelinda Silva que conhece como poucos o passado e o presente da sua terra natal. Obrigado, pois, pelo colorido etnográfico do seu comentário, sempre feito com muita sabedoria e feliz oportunidade. Tudo o que escreve e descreve é a mais pura realidade; de facto, é assim, com realismo, perfeição e verdade que se constrói a história das localidades.
3 comentários:
Ao menos aparentemente, há por aqui umas pinceladas de cal branca a tapar a pedra. Pessoalmente gosto muito da pedra. Mas a fotografia está muito sugestiva e é muito interessante
Em cima os quartos, uma retrete (com ligação para a corte a fim de se fazer o estrume para os campos), uma salinha, a cozinha típica toda escura, com maceira para o pão, os potes ao lume com uma talhada de carne, feijões e couves. O tradicional banco de madeira(escano). Um fumeiro do ano ano anterior pendurado por cima da lareira.
Por baixo a corte do gado, os arrumos da lenha , a estrumeira, os carros de bois, o arado, as gadanhas, os engaços, as enchadas... o porco para sebar e matar no Carnaval...
Que saudades de tudo isto!
Por fora, a casa o mais protegida possível sem atender a qualquer efeito estético compatível com a ruralidade.
Mas não desvirtua o lugar. Lá estão as escadas de pedra, a porta da corte com aquele fecho de madeira em cruz, o buraco na porta de casa para entrar e sair o gato e para deixar a chave ou os recados. Tudo no sítio!
Linda descrição etnográfica,magistralmente feita pela Dr. ª Ermelinda Silva que conhece como poucos o passado e o presente da sua terra natal.
Obrigado, pois, pelo colorido etnográfico do seu comentário, sempre feito com muita sabedoria e feliz oportunidade.
Tudo o que escreve e descreve é a mais pura realidade; de facto, é assim, com realismo, perfeição e verdade que se constrói a história das localidades.
Enviar um comentário