“Fiquei muito satisfeito com o que vi pois demonstra que somos capazes, que o país tem empresas com capacidade e know-how e é pioneiro a nível mundial” — destacou ontem José Manuel Fernandes, ao visitar as obras de reforço da potência da barragem de Venda Nova.
O eurodeputado falava aos jornalistas apos uma visita às obras que reforçam a capacidade de produção energética daquela albufeira em mais 1273 GWh de produção média anual, a convite da administração da EDP.
Inteligente, sustentável e inclusivo
Após uma sessão em que os números traduzem o sucesso das energias renováveis em Portugal (hídrica e eólica), José Manuel Fernandes não teve dúvidas em afirmar que “está aqui aplicado o conceito da União Europeia, 20-20-20, com um crescimento que é inteligente, sustentável e inclusivo”.
É um crescimento inteligente — explicou — “porque há inovação com o aproveitamento das energias renováveis da eólica e hídrica, é inclusivo porque há criação de emprego — são mais de 300 empregos directos - e sustentável porque reduz a nossa dependência energética e é um forte contributo para a diminuição de défice”.
É um investimento sustentável por reduzir a “nossa relação coma energia fóssil e contribuir para as reduções e emissões de CO 2” — prosseguiu o eurodeputado que estava acompanhado de vários autarcas de Vieira do Minho . José Manuel Fernandes não deixou passar em claro que estamos perante “um investimento com projecto feito por engenheiros nossos, executado por empresas nossas e mostra que somos capazes e temos empresas e empresários para darmos a volta a isto e construirmos um pais competitivo e à altura dos desafios actuais”.
Face àquilo que viu e ouviu, o eurodeputado do PSD concluiu que a EDP está a contribuir para “uma correcta utilização dos recursos endógenos sem criar problemas ambientais”.
Nesse sentido, alertou, “tal como é possível nos objectivos da União Europeia, estarmos acima no objectivo das energias renováveis , também de temos de ser capazes nos outros objectivos, no combate ao abandono escolar (dez por cento em 2020), investigação científica (3% em 20020), 40 por cento dos jovens licenciados (só remos 21 %) e da redução das emissões de CO bem como a redução da pobreza”.
“Se somos capazes nas energias renováveis também temos de o conseguir nos outros domínios e temos tudo para o conseguir” — concluiu José Manuel Fernandes.
Os números de 2010
A EDP — Energias de Portugal — teve uma produção de energia hídrica da ordem dos 28% — mais catorze por cento que há cinco anos — enquanto a energia eólica aumentou vinte por cento. Em 2010, a energia renovável significou 52 % da produção da EDP, contra 48% de energia não renovável.
Ora, o compromisso assumido por Portugal com a Europa era atingir os 31% em 2020, compromisso já alcançado e ultrapassado em 2010.
“Esta é a clara demonstração de que é exequível o que se pensava não ser exequível há alguns anos” — assegurou António Ferreira da Costa. Na energia renovável, na EDP, a hídrica significou 15,2%, reduzindo de forma categórica a importação de carvão, fuel e gás. Assim, se explica que as centrais térmicas apenas tenham usado 34% da sua capacidade instalada.
Notícia e fotografias retiradas do jornal "Correio do Minho" de 27 de Abril de 2011 e que pode ser consultada aqui (http://www.correiodominho.com/noticias.php?id=46944).
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