sábado, 28 de janeiro de 2012

Espindo






Espindo é uma pequena localidade com cerca de trinta habitantes localizado no minho interior a cerca de 40kms de Braga sendo sede de conselho Vieira do Minho. Desconhece-se a data precisa da formação da aldeia, mas a casa mais antiga de que há registo data de 1697. Presume-se que Espindo conta com pouco mais de 400 anos enquanto aglomerado. O local onde hoje é Espindo reunia condições favoráveis para desenvolver actividades agro-pecuárias de subsistência e distava pouco do principal centro de decisão regional, Vilar de Vacas (actual Ruivães), que era vila e sede de concelho na época. Mais tarde, na primeira metade do século XX, tornou-se numa das aldeias que figurava na rota do volfrâmio, tal como Zebral, o que começou por atrair muitos forasteiros e que por ali acabariam por se estabelecer definitivamente.








Modo de subsistência

Desde sempre, a actividade predominante na aldeia foi, e continua a ser, a agro-pecuária, hoje reduzida praticamente à criação de gado. Aliás, estas duas actividades -agricultura e pecuária sempre foram indissociáveis para os habitantes desta terra, pois os animais tinham uma dupla função: de alimentação (leite e carne) e de força de trabalho (para a agricultura, construção e transporte de cargas pesadas, no caso do gado bovino). Do mesmo modo, também certas práticas agrícolas eram concebidas a pensar na alimentação dos animais para a época de piores pastagens.


Esta relação homem/animal era de tal ordem próxima que os próprios currais chegavam a ser construídos mesmo dentro das próprias casas de habitação, quer por uma questão de protecção contra predadores selvagens, como lobos e raposas, quer por uma questão de logística e funcionalidade. Actualmente, além da criação de gado, ainda existe alguma produção de vinho verde, de batatas e de milho, em pequena escala e apenas para consumo próprio, mas mantendo muitas das tradicionais técnicas de fabrico. Por exemplo, ainda é possível assistir a pisadas de uvas com os pés, à malha do centeio em eiras de pedra e à moagem de milho em azenhas movidas a água.

A religião também desempenha um papel importante no quotodiano da população. As pessoas chegavam a organizar o seu trabalho no campo em função do calendário católico. Nos "dias santos" não se trabalhava a terra e aproveitava-se para descansar, ir à igreja e fazer romarias. Em Espindo as pessoas são devotas de diversos santos, mas venera-se, sobretudo, Santa Isabel, a padroeira da aldeia e ao qual a sua capela deve o nome.




Excertos do programa "Tardes da Júlia" emitido na TVI em 2009 e disponível nos seguintes endereços:






Sem comentários: