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A Alma de um Povo é feita de sacrifícios ao longo de gerações. São as vivências que moldam o génio e a glória popular, não raras vezes desconhecidos e ocultos na obscuridade temporal. Para desvendar o mistério da nossa origem é essencial a oralidade. Esta por si só guia-nos até à verdade, revela-nos os segredos mais virtuosos outrora garantes da coesão e do bem-estar social, permite conhecer a nossa própria identidade, presente em cada um de nós, e que se concretiza no nosso raio de acção.
Ninguém melhor conta o nosso passado do que nós próprios, através de elos que nos ligam a esse passado que ora jaz na memoria dos mais velhos. Essa corrente manteve-se até aos nossos dias e, hoje, mais que nunca cabe-nos não quebrar esse frágil fio condutor, que devemos fortalecer na mente dos nossos filhos.
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Livro “A Alma de um Povo” de Agostinho Veras.
Sendo um livro centrado no lugar de Sidrós e Vila Nova, faz-se aqui referência dado a proximidade com a freguesia de Ruivães (diversas vezes referida no livro) e a semelhança nos costumes e tradições.