O sobreiro é uma das árvores de que mais gosto, pelo seu porte majestoso e, também, pela riqueza que nos dá através das landes e, acima de tudo, por causa do valor da cortiça. A propósito aqui deixo um ditado que aprendi há muitos anos, com um grande produtor de cortiça: "três plantas fazem uma sebe; três sebes, fazem um cão; três cães, fazem um cavalo; três cavalos, fazem um homem e três homens fazem um sobreiro". Trocando isto por miúdos, e multiplicando sempre por três, queria ele dizer que uma sebe vive vive três anos; um cão, vivendo o mesmo que três sebes, vive em média nove anos; um cavalo, vivendo o mesmo que três cães, vive em média vinte e sete anos; um homem, vivendo o mesmo que três cavalos, vive em média oitenta e um anos e, finalmente, o sobreiro, vivendo o mesmo que três homens, dura cerca de duzentos e quarenta e três anos". Quem planta um sobreiro muito raramente lhe tira lucro, na medida em que o seu crescimento é lento e só passadas décadas se lhe pode tirar a primeira cortiça- a cortiça "virgem" - que até vale pouco. Passados nove anos é que começa a dar a cortiça "amadia", essa actualmente muito valorizada. É por esta razão que o homem, na sua ganância, pôs de parte a plantação da floresta autóctone e começou a optar, erradamente, pela silvicultora rentável num curto espaço temporal, como é o caso do eucalipto e do pinheiro. Ruivanense Adoptivo
1 comentário:
O sobreiro é uma das árvores de que mais gosto, pelo seu porte majestoso e, também, pela riqueza que nos dá através das landes e, acima de tudo, por causa do valor da cortiça.
A propósito aqui deixo um ditado que aprendi há muitos anos, com um grande produtor de cortiça:
"três plantas fazem uma sebe; três sebes, fazem um cão; três cães, fazem um cavalo; três cavalos, fazem um homem e três homens fazem um sobreiro".
Trocando isto por miúdos, e multiplicando sempre por três, queria ele dizer que uma sebe vive vive três anos; um cão, vivendo o mesmo que três sebes, vive em média nove anos; um cavalo, vivendo o mesmo que três cães, vive em média vinte e sete anos; um homem, vivendo o mesmo que três cavalos, vive em média oitenta e um anos e, finalmente, o sobreiro, vivendo o mesmo que três homens, dura cerca de duzentos e quarenta e três anos".
Quem planta um sobreiro muito raramente lhe tira lucro, na medida em que o seu crescimento é lento e só passadas décadas se lhe pode tirar a primeira cortiça- a cortiça "virgem" - que até vale pouco.
Passados nove anos é que começa a dar a cortiça "amadia", essa actualmente muito valorizada.
É por esta razão que o homem, na sua ganância, pôs de parte a plantação da floresta autóctone e começou a optar, erradamente, pela silvicultora rentável num curto espaço temporal, como é o caso do eucalipto e do pinheiro.
Ruivanense Adoptivo
Enviar um comentário