Era assim mesmo que nos meus tempos de criança via os vizinhos secarem o feijão. Havia-o de várias qualidades: feijão frade; feijão catarino; feijão manteiga, etc. Mas o processo de secagem era sempre o mesmo, artesanalmente, aproveitando o calor solar. E as vagens secas ainda eram aproveitadas para a alimentação de animais domésticos: galinhas e coelhos, etc. Cumpria-se de certa maneira a velha lei de Lavoisier: "na natureza nada se cria, nada se perde... tudo se transforma". A propósito recordo que os meus avós, que até viviam bem, guardavam as cinzas do fogão a lenha, para venderem a um velhote que as comprava para as usar na cultura do alho; os jornais eram empilhados e guardados até que viesse o homem que os comprava, a peso, para depois negociar com a celulose e assim por diante. Como não havia frigoríficos, as bebidas eram colocadas dentro de cestas que eram metidas dentro do poço, para assim refrescarem nos dias quentes de verão... e assim por diante. Havia um espírito de poupança e até de preservação da natureza que há anos se perdeu com a onda de consumismo que ingloriamente nos avassalou a sociedade e nos tem vindo gradualmente a destruir, com a criação de necessidades imaginárias que não nos fazendo falta nenhuma, nos desviam das realidades mais importantes da vida. Tenho saudades desses velhos tempos! Ruivanense Adoptivo
1 comentário:
Era assim mesmo que nos meus tempos de criança via os vizinhos secarem o feijão.
Havia-o de várias qualidades: feijão frade; feijão catarino; feijão manteiga, etc.
Mas o processo de secagem era sempre o mesmo, artesanalmente, aproveitando o calor solar.
E as vagens secas ainda eram aproveitadas para a alimentação de animais domésticos: galinhas e coelhos, etc.
Cumpria-se de certa maneira a velha lei de Lavoisier: "na natureza nada se cria, nada se perde... tudo se transforma".
A propósito recordo que os meus avós, que até viviam bem, guardavam as cinzas do fogão a lenha, para venderem a um velhote que as comprava para as usar na cultura do alho; os jornais eram empilhados e guardados até que viesse o homem que os comprava, a peso, para depois negociar com a celulose e assim por diante.
Como não havia frigoríficos, as bebidas eram colocadas dentro de cestas que eram metidas dentro do poço, para assim refrescarem nos dias quentes de verão... e assim por diante.
Havia um espírito de poupança e até de preservação da natureza que há anos se perdeu com a onda de consumismo que ingloriamente nos avassalou a sociedade e nos tem vindo gradualmente a destruir, com a criação de necessidades imaginárias que não nos fazendo falta nenhuma, nos desviam das realidades mais importantes da vida.
Tenho saudades desses velhos tempos!
Ruivanense Adoptivo
Enviar um comentário