Os carros de bois, também chamados "carretas" foram durante séculos um dos principais meios de transporte de pessoas e sobretudo de mercadorias na região minhota. Também lhes chamavam "carros manchegos" e ouviam-se ao longe, pois, não sendo os eixos lubrificados, faziam uma grande chiadeira ao passarem nos caminhos. Estes carros também não tinham molas, pelo que davam grandes solavancos; ainda nos dias de hoje, se um carro ou um jeep tiverem uma suspensão muto dura, se diz que "tem molas de azinho". Mais tarde surgiram as rodas construídas com sete "pinas" e catorze "raios", com "massa" (ao centro) tudo de azinho. Dentro desta "massa" colocava-se a "bucha", de ferro fundido e que, sendo lubrificada, permitia que o "eixo", já de ferro, girasse sem atricto e, portanto, silenciosamente. A roda que a fotografia nos mostra demonstra bem a solidez da sua construção, tosca mas muito resistente. Os ferros davam-lhe maior solidez e o aro de ferro que girava nos caminhos chama-se "lhantra" ou simplesmente "aro". Também nesta foto se vê o eixo, de madeira, onde a roda girava. Podemos dizer que estamos perante uma peça de Museu, que é necessário a todo o custo preservar. Para que não entre o bicho há quem "pinte" estas madeiras antigas com óleo queimado, tirado dos motores dos automóveis. Se for aplicado quente, com uma trincha, ainda resulta melhor, na medida em que se entranha mais facilmente e o todo fica impermeabilizado. Ruivanense Adoptivo
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Os carros de bois, também chamados "carretas" foram durante séculos um dos principais meios de transporte de pessoas e sobretudo de mercadorias na região minhota.
Também lhes chamavam "carros manchegos" e ouviam-se ao longe, pois, não sendo os eixos lubrificados, faziam uma grande chiadeira ao passarem nos caminhos.
Estes carros também não tinham molas, pelo que davam grandes solavancos; ainda nos dias de hoje, se um carro ou um jeep tiverem uma suspensão muto dura, se diz que "tem molas de azinho".
Mais tarde surgiram as rodas construídas com sete "pinas" e catorze "raios", com "massa" (ao centro) tudo de azinho.
Dentro desta "massa" colocava-se a "bucha", de ferro fundido e que, sendo lubrificada, permitia que o "eixo", já de ferro, girasse sem atricto e, portanto, silenciosamente.
A roda que a fotografia nos mostra demonstra bem a solidez da sua construção, tosca mas muito resistente.
Os ferros davam-lhe maior solidez e o aro de ferro que girava nos caminhos chama-se "lhantra" ou simplesmente "aro".
Também nesta foto se vê o eixo, de madeira, onde a roda girava.
Podemos dizer que estamos perante uma peça de Museu, que é necessário a todo o custo preservar.
Para que não entre o bicho há quem "pinte" estas madeiras antigas com óleo queimado, tirado dos motores dos automóveis.
Se for aplicado quente, com uma trincha, ainda resulta melhor, na medida em que se entranha mais facilmente e o todo fica impermeabilizado.
Ruivanense Adoptivo
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