quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Alto de S. Cristóvão









Designação: Alto de S. Cristóvão
Tipo de Sítio: Povoado Aberto
Período cultural: Idade Média
Estilo artístico: Não se aplica
Classificação: Não

Povoado implantado a cerca de 650 metros de altitude, na bordadura Nordeste do planalto do Barroso, na margem esquerda dos rios Rabagão e Cávado e sobranceiro à sua confluência. No Outeiro de S. Cristóvão, que limita a Norte o alvéolo que se estende até ao Outeiro do Curral, conservam-se vestígios de quatro sepulturas escavadas na rocha granítica – duas completas, de forma antropomórfica bem desenhada e duas incompletas, de que restam o topo das cabeceiras. Destinadas a enterrar adultos, têm os pés orientados para nascente e a cabeça para poente. Nos terrenos contíguos ao afloramento rochoso onde foram escavadas as sepulturas observam-se inúmeros alinhamentos de paredes arruinadas, desenhando edificações de planta regular e quadrada. A edificação que ostenta paredes mais espessas que as restantes é considerada pela população local como ruína de uma antiga igreja. Nas proximidades, abandonada contra um muro de divisão de propriedade, encontra-se a taça fragmentada de uma provável pia batismal. Por aqui passa o caminho lajeado que ainda há poucos anos ligava o lugar de Ruivães, para Sudoeste, a Botica, para Este. Trata-se de ruínas de um povoado medieval, o qual se julga corresponder à sede de S. Martinho de Vilar de Vacas, freguesia referenciada nas Inquirições de 1258 e da qual terá evoluído a actual aldeia de S. Martinho de Ruivães. Da aldeia de S. Martinho de Vilar de Vacas pode dizer-se que era sede de um território bastante povoado – no século XIII incluía as aldeias da actual freguesia de Campos, factor que terá contribuído para que mais tarde, já como Ruivães, tenha atingido o estatuto de concelho.


Património Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho, Luís Fontes e Ana Roriz - Município de Vieira do Minho - 2007

1 comentário:

Anónimo disse...

Falando mais uma vez sobre São Cristóvão, seria muito bom que se protegesse a zona, para que se não degrade ainda mais.
Há por ali muito da nossa história e por ali terão de certeza vivido muitos dos nossos antepassados.
Aquelas pedras poder-se-ão transformar num compêndio de arqueologia e toda a Vila de Ruivães vai ganhar muito quando um dia se proceder às tais escavações cientificamente orientadas a que há dias fazia referência.
Afinal, e segundo creio até haverá arqueólogos empenhados em fazer um levantamento sério deste espaço... antes que seja totalmente arruinado e destruído.
Ruivanense Adoptivo