Designação:
Alto
de S. Cristóvão
Tipo
de Sítio: Povoado
Aberto
Período
cultural: Idade
Média
Estilo
artístico: Não
se aplica
Classificação:
Não
Povoado implantado a cerca de
650 metros de altitude, na bordadura Nordeste do planalto do Barroso,
na margem esquerda dos rios Rabagão e Cávado e sobranceiro à sua
confluência. No Outeiro de S. Cristóvão, que limita a Norte o
alvéolo que se estende até ao Outeiro do Curral, conservam-se
vestígios de quatro sepulturas escavadas na rocha granítica –
duas completas, de forma antropomórfica bem desenhada e duas
incompletas, de que restam o topo das cabeceiras. Destinadas a
enterrar adultos, têm os pés orientados para nascente e a cabeça
para poente. Nos terrenos contíguos ao afloramento rochoso onde
foram escavadas as sepulturas observam-se inúmeros alinhamentos de
paredes arruinadas, desenhando edificações de planta regular e
quadrada. A edificação que ostenta paredes mais espessas que as
restantes é considerada pela população local como ruína de uma
antiga igreja. Nas proximidades, abandonada contra um muro de divisão
de propriedade, encontra-se a taça fragmentada de uma provável pia
batismal. Por aqui passa o caminho lajeado que ainda há poucos anos
ligava o lugar de Ruivães, para Sudoeste, a Botica, para Este.
Trata-se de ruínas de um povoado medieval, o qual se julga
corresponder à sede de S. Martinho de Vilar de Vacas, freguesia
referenciada nas Inquirições de 1258 e da qual terá evoluído a
actual aldeia de S. Martinho de Ruivães. Da aldeia de S. Martinho de
Vilar de Vacas pode dizer-se que era sede de um território bastante
povoado – no século XIII incluía as aldeias da actual freguesia
de Campos, factor que terá contribuído para que mais tarde, já
como Ruivães, tenha atingido o estatuto de concelho.
Património
Arqueológico e Arquitectónico de Vieira do Minho, Luís Fontes e
Ana Roriz - Município de Vieira do Minho - 2007
1 comentário:
Falando mais uma vez sobre São Cristóvão, seria muito bom que se protegesse a zona, para que se não degrade ainda mais.
Há por ali muito da nossa história e por ali terão de certeza vivido muitos dos nossos antepassados.
Aquelas pedras poder-se-ão transformar num compêndio de arqueologia e toda a Vila de Ruivães vai ganhar muito quando um dia se proceder às tais escavações cientificamente orientadas a que há dias fazia referência.
Afinal, e segundo creio até haverá arqueólogos empenhados em fazer um levantamento sério deste espaço... antes que seja totalmente arruinado e destruído.
Ruivanense Adoptivo
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