Nos finais da Primavera / princípios do Verão cortam-se e enfardam-se os fenos que, recolhidos nos palheiros, hão-de servir de alimento para o gado nos finais do Outono e durante todo o Inverno. É um trabalho cíclico na agricultura, sem o qual o lavrador teria que gastar muito dinheiro em farinhas e outros produtos industrializados e, à priori, menos saudáveis para o gado e para os futuros consumidores da carne dos animais que são para abate. Antigamente os fenos cortavam-se à mão, utilizando gadanhas, o que era muito moroso; e antes do advento das prensas ou enfardadeiras, era também muito lento o atar dos molhos; estes dois factores contribuíam muito para uma certa angústia que o agricultor sentia nesta época, pois, por vezes uma simples trovoada de Maio ou Junho era o suficiente para fazer apodrecer os fenos... e lá se ia o trabalho e o sustento dos animais na época em que os frios e os ventos não permitem o desenvolvimento das pastagens. Os fardos que aqui vemos são de dois arames e pesam entre os 30 e os 40 quilos. Estes arames são por vezes perigosos para o gado vacum, pois, se esta espécie animal engolir um pedaço de arame, começa a definhar e rapidamente morre, uma vez que o ruminar leva a uma perfuração de uma ou das quatro partes do estômago. Há poucos anos surgiram no mercado novas enfardadeiras que já fazem fardos de 200 quilogramas, tendo estes o inconveniente de serem de difícil transporte e manipulação. Mas mais recentemente, novas máquinas surgiram, que enfardam e plastificam os fenos, evitando o transporte para os palheiros; é-lhes extraído o ar para evitar a fermentação e ficam no campo até serem consumidos. Mas esta técnica só é válida para as zonas de latifúndio, o que não é o nosso caso. Ruivanense Adoptivo
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Nos finais da Primavera / princípios do Verão cortam-se e enfardam-se os fenos que, recolhidos nos palheiros, hão-de servir de alimento para o gado nos finais do Outono e durante todo o Inverno.
É um trabalho cíclico na agricultura, sem o qual o lavrador teria que gastar muito dinheiro em farinhas e outros produtos industrializados e, à priori, menos saudáveis para o gado e para os futuros consumidores da carne dos animais que são para abate.
Antigamente os fenos cortavam-se à mão, utilizando gadanhas, o que era muito moroso; e antes do advento das prensas ou enfardadeiras, era também muito lento o atar dos molhos; estes dois factores contribuíam muito para uma certa angústia que o agricultor sentia nesta época, pois, por vezes uma simples trovoada de Maio ou Junho era o suficiente para fazer apodrecer os fenos... e lá se ia o trabalho e o sustento dos animais na época em que os frios e os ventos não permitem o desenvolvimento das pastagens.
Os fardos que aqui vemos são de dois arames e pesam entre os 30 e os 40 quilos. Estes arames são por vezes perigosos para o gado vacum, pois, se esta espécie animal engolir um pedaço de arame, começa a definhar e rapidamente morre, uma vez que o ruminar leva a uma perfuração de uma ou das quatro partes do estômago.
Há poucos anos surgiram no mercado novas enfardadeiras que já fazem fardos de 200 quilogramas, tendo estes o inconveniente de serem de difícil transporte e manipulação.
Mas mais recentemente, novas máquinas surgiram, que enfardam e plastificam os fenos, evitando o transporte para os palheiros; é-lhes extraído o ar para evitar a fermentação e ficam no campo até serem consumidos.
Mas esta técnica só é válida para as zonas de latifúndio, o que não é o nosso caso.
Ruivanense Adoptivo
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