É invariavelmente um dia grande aquele em que se imola o gordo suíno. Após a matança raspa-se o couro (antigamente era com carqueja ou qualquer outra espécie vegetal afim e, modernamente, é com um maçarico), deixa-se arrefecer a carcaça que, finalmente, é desmanchada. Faz-se uma sopa com o sangue, assam-se uma fêveras e o toucinho e a festa acontece. Outrora, sendo o porco a base da alimentação, principalmente nas zonas rurais, havia uma série de rituais a cumprir: após a "desmancha", procedia-se ao migar da carne que era temperada segundo a qualidade de enchidos que se queria fazer: chouriça, morcela (confeccionada com sangue), lombo, farinheira, mouros, cacholeira, paio, painho, etc. Até as tripas (que se iam lavar à ribeira ou ao rio e se viravam com um pauzinho fininho) se aproveitavam para encher com a carne que era dependurada na chaminé onde ficava a "curar". Posteriormente era untada com azeite e guardada para se ir consumindo ao longo do ano. Os presuntos, depois de curados no sal, eram barreados com pimentão colorau e azeite, o que lhes dava uma cor sadia e avermelhada. Actualmente a matança do porco é mais um divertimento e uma ocasião de convívio entre as famílias ou no seio das comunidades. Ainda bem que estas tradições se vão mantendo, uma vez que fazem parte da nossa identidade cultural e do nosso património gastronómico também. Ruivanense Adoptivo
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É invariavelmente um dia grande aquele em que se imola o gordo suíno.
Após a matança raspa-se o couro (antigamente era com carqueja ou qualquer outra espécie vegetal afim e, modernamente, é com um maçarico), deixa-se arrefecer a carcaça que, finalmente, é desmanchada.
Faz-se uma sopa com o sangue, assam-se uma fêveras e o toucinho e a festa acontece.
Outrora, sendo o porco a base da alimentação, principalmente nas zonas rurais, havia uma série de rituais a cumprir: após a "desmancha", procedia-se ao migar da carne que era temperada segundo a qualidade de enchidos que se queria fazer: chouriça, morcela (confeccionada com sangue), lombo, farinheira, mouros, cacholeira, paio, painho, etc.
Até as tripas (que se iam lavar à ribeira ou ao rio e se viravam com um pauzinho fininho) se aproveitavam para encher com a carne que era dependurada na chaminé onde ficava a "curar".
Posteriormente era untada com azeite e guardada para se ir consumindo ao longo do ano.
Os presuntos, depois de curados no sal, eram barreados com pimentão colorau e azeite, o que lhes dava uma cor sadia e avermelhada.
Actualmente a matança do porco é mais um divertimento e uma ocasião de convívio entre as famílias ou no seio das comunidades.
Ainda bem que estas tradições se vão mantendo, uma vez que fazem parte da nossa identidade cultural e do nosso património gastronómico também.
Ruivanense Adoptivo
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