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Grato ao anterior Executivo, Venda Nova III e EDP. Ao actual exige mais consulta
Jorge Vilar Fernandes Azevedo, 64 anos, técnico de segurança e higiene no trabalho na EDP, às portas da aposentação, sem papas na língua, falou ao repórter do JV.
O Jornal de Vieira - O que o levou a candidatar-se à presidência da União das Freguesias Ruivães/Campos?
Jorge Azevedo (JA)- Como sabe, para além do apego que tenho pela minha terra, onde nasci e onde cresci, já era presidente da Junta de Freguesia de Ruivães. Quando me candidatei à União das freguesias e na altura, tinha em carteira alguns projectos, uns em fase de conclusão e outros em curso, razões porque não podia deixar de dar continuidade a esses projectos, que felizmente e tal como previa, tiveram e continuam a ter um excelente sucesso. Por outro lado, a equipa que comigo trabalhou durante 4 anos, nomeadamente o Manuel Azeitono e a Clara Canela, manifestou disponibilidade e vontade de continuar a trabalhar pelas nossas terras e foi isso que motivou a candidatura.
Como sentiu a vitória apesar de não vencer em Campos?
JA- Vitória é sempre vitória. Eu já previa esse resultado e por isso, senti-a com muito orgulho e com sentido redobrado de responsabilidade. Estou na vida pública e na politica autárquica para servir o interesse geral e o bem comum. É com esse princípio que trabalhamos na Junta de Freguesia na União das Freguesias de Ruivães e Campos.
A “resistência à sua pessoa”, particularmente nas Assembleias (Freguesia e Municipal), de alguns moradores daquele lugar, ainda persiste?
JA- Não sei a que se refere, mas como é natural, o nosso trabalho e eu próprio, na altura não era muito conhecido em Campos. Agora as pessoas já nos conhecem melhor e não tenho dúvidas que, muitos daqueles que na altura não me apoiaram, ou não nos apoiaram, hoje certamente mudariam o seu sentido de voto.
O importante é, depois de eleito, trabalhar de igual forma com todos e para todos.
Como tem sido a relação com o Executivo da Câmara Municipal?
JA- Tem sido um relacionamento normal e institucional, na procura das melhores soluções para resolver os problemas das populações.
Quais as obras já realizadas e quais as que gostaria de concretizar ainda neste mandato?
JA- Obras já realizadas e uma das principais, tem a ver com o Centro Interpretativo de Campos, um projecto “PRODER/Sol do Ave”, herdado em estado de falência, mas que eu e o meu executivo, conseguimos com grande esforço, revitalizar e neste momento está concluído.
Outra, refere-se ao Parque de Lazer do Poço das Traves em Ruivães, um projecto também “PRODER/Sol do Ave”, apresentado e aprovado no anterior executivo e que neste momento também está concluído.
Depois, fizemos outras obras, divididas pelos diversos lugares e, estamos a aguardar a conclusão das do largo da Vila em Ruivães, praticamente terminadas, mas dependentes das infra-estruturas eléctricas, com mudança de rede aérea para subterrânea.
Aquelas a realizar, passam pelo alargamento da estrada municipal Campos Lamalonga, beneficiação da estrada de Espindo, a partir da EN 103, da estrada de Campos, a partir da Botica e da estrada de Zebral, a partir da derivação da de Campos.
Recuperação do campo de jogos de Ruivães e Projecto para melhoria da sede da Associação dos Amigos das Honras.
Como gosto de ser justo, faço uma referência ao anterior executivo da Câmara Municipal (Dr. Jorge Dantas, Dr. Pedro Álvares; Alfredo Lopes e Aurora Marques) que possibilitaram, com o seu apoio e colaboração, muitos dos projectos por nós concretizados no anterior e actual mandato, assim como ao consórcio da construção do Aproveitamento Hidroeléctrico Venda Nova III e ao grupo EDP.
A secção dos Bombeiros Voluntários de Vieira do Minho, em Ruivães, nasceu com pequenos problemas e contínua com eles. Não teme a sua dissolução?
JA- Sobre essa questão já foram divulgadas e tomadas algumas medidas, mas como é evidente, o receio de encerramento mantem-se. Aproveito esta oportunidade para deixar uma palavra de apreço e reconhecimento ao Comandante e aos nossos Bombeiros e dizer-lhes que, enquanto Presidente de Junta, tudo farei para evitar o encerramento da secção.
Desejo e espero a mesma posição e o empenho por parte de todos os outros envolvidos no processo, nomeadamente, direcção da Associação e Câmara Municipal.
Quais os destinos dados às antigas escolas primárias de Botica, Frades, Zebral, Espindo, Ruivães e Campos?
JA- Como sabe as Escolas Primárias pertencem à Câmara Municipal, no entanto, de comum acordo, o anterior Executivo camarário e ex. Junta de Freguesia, protocolou a da Botica e Frades com as Associações locais e a de Zebral e Espindo, com os Conselhos de Baldios, respectivamente, Associação Amigos das Honras, Frades e Amigos, Conselho de Baldios de Zebral e Conselho de Baldios de Espindo.
A escola de Campos está em regime de comodato, desde a altura em que foi feita a candidatura PRODER/Sol do Ave, pelos anteriores executivos Câmara/Junta de freguesia, para o Centro Interpretativo de Campos.
A escola de Ruivães, parece… que vai ser protocolada com o Centro Social de Campos, Ruivães e Salamonde. E digo parece, porque a Junta de Freguesia não foi consultada nem ouvida sobre este assunto. Situação que já lamentamos junto da CM e que esperamos que não se repita.
A Junta de freguesia tem dado o mesmo apoio às associações culturais, desportivas e recreativas, existentes em Ruivães/Campos?
JA- Todas as Associações são vistas e tratadas de igual modo, lembro-lhe que as Associações não são de Ruivães ou Campos, são sim, Associações da União das Freguesias de Ruivães e Campos.
O que tem feito a Junta para fomentar a feira mensal?
JA-Todo o contributo que eventualmente lhe tenha ou seja solicitado pela sua organização. No entanto, quero recordar que a Junta de Freguesia não foi consultada pela CM, em nenhum momento sobre esta iniciativa.
A nível de apoio social, o Centro Social Interparoquial de Campos, Ruivães e Salamonde, tem respondido às necessidades da freguesia?
JA- Acho que sim. Aliás, as instituições sociais da igreja e outras, desempenham no concelho e no país, um enorme e relevante papel de apoio social e de ajuda aos que mais precisam.
Tem sido nossa prática colaborar e apoiar sempre que solicitados e continuamos com essa vontade e disponibilidade.
Só pela existência do Centro Social e da extensão de Saúde não eram suficientes para que houvesse uma união sadia entre as duas freguesias?
JA- Já não temos duas freguesias, como atrás refiro. Temos sim uma União de Freguesias e não entendo a razão da pergunta, pois o ambiente vivido entre Campos, Lamalonga, Zebral, Espindo, Honras, Arco, Frades, Vale e Vila é bastante sadio.
Que mensagem quer deixar à população de Campos/Ruivães?
JA- A Junta da União das Freguesias está de portas abertas para colaborar e para trabalhar pelo desenvolvimento e crescimento da nossa terra e das nossas populações, procurando criar as melhores condições de vida para quem cá vive e para quem nos visita, nomeadamente os nossos emigrantes para quem envio uma forte e calorosa saudação.
É isso que nos motiva. Pela minha parte, enquanto Presidente, reafirmo que estou disponível para, como até aqui, tudo fazer para tentar criar melhores condições de vida às pessoas.
Junta da União das Freguesias
- Presidente: Jorge
Vilar Fernandes Azevedo
- Secretário: Manuel Azeitono do Barreiro
- Tesoureira: Clara Alves Canela
Assembleia da União das Freguesias
- Presidente: Manuel Barroso Abreu Pereira
- 1ª. Secretária: Virgínia Isabel Gonçalves Magalhães
- 2º.Secretário: Manuel Ferreira de Sousa
2015-04-14
Retirado d' O Jornal de Vieira nº 990 de 15 de Abril de 2015.
1 comentário:
Andei em Tavira com um Jorge que era de Vieira do Minho, vim com ele no fim da comissão em Moçambique, da Beira para Lisboa, convidaste-me para ir ver a tua terra que nunca tinha ouvido falar, mas fiquei por Lisboa até embarcar para os Açores, ist0 em 1974. Como encontrei uma agenda antiga que diz: Jorge vilar Fernandes Azevedo --Frades Ruivães- Vieira do Minho tel. 58123. Será que és o mesmo Jorge? Uma vez atravessamos o rio Gilão e tu vieste agarrado ao meu bornal e depois na margem bebemos de uma garrafa que tinha na algibeira. Era giro se fosses o mesmo. Vivo na Terceira Açores, por vezes mudo de ilha. Um abraço Jorge Silveira----- às vezes chamavam-me o professor, penso que a tua mãe também o era e dizias que o teu pai fazia um belo verde tinto. Abraço
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