A poucos dias da inauguração da obra de Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III, alguns moradores da freguesia de Ruivães queixam-se de prejuízos vários sofridos em consequência do curso das obras daquele empreendimento ao longo de vários anos.
Segundo testemunhas ouvidas por JV no local, as populações, ao longo de quase uma década, nunca foram ouvidas e alertadas dos impactos ambientais, “invasão e destruição” de montes e paisagens, passagens de linhas aéreas de alta, muito alta e média tensão, que debitam elevados campos magnéticos, enquadramento legal dos empreendimentos em áreas de reserva ecológica e ambiental…
Isto, apesar do Projecto de Execução do Empreendimento ter necessáriamente o parecer favorável da Comissão de Avaliação do Impacte Ambiental (AIA) e da EIA-Estudo de Impacte Ambiental que aprovou o projecto, bem como o respeito pelos resultados da Consulta Pública às populações que tiveram um tempo útil de se pronunciarem.
“Se de início a REN respeitou e indemnizou alguns proprietários pelos prejuízos causados nas suas casas em consequência de uso de explosivos e detonadores na abertura de túneis nas montanhas e circulação de veículos pesados, ultimamente as empresas que operam no terreno tratam-nos “como cães”, referiu o ruivanense João Magalhães que trabalhava no empreendimento, mas foi despedido, há mais de um ano, por ter dado uma entrevista a um jornal. Tem a sua casa à margem da estrada que dá acesso à subestação de Frades. Já gastou mais de cinco mil euros para arranjar a fachada sul da sua residência que continua com frissuras nas paredes devido à detonação de explosivos nas imediações e passagem de máquinas e camiões à sua porta.
A vistoria dos agentes de seguros comprovaram a origem dos prejuízos e a REN pagou de imediato os orçamentos das reparações que apresentei nos anos de 2007/8. Tive de revestir a casa de “capoto” e substituir a tijoleira da varanda, mas as humidades continuam a infiltrar-se na casa”, como pudemos comprovar.
Também a Sra. Emília, moradora na Avenida de S. Martinho lamenta os prejuízos que o empreendimento de Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III lhe tem causado nos últimos anos. “Tem sido uma dor de cabeça. Investimos aqui as nossas poupanças, construímos as nossas casas e agora cobriram-nas com linhas eléctricas. Os terrenos foram desvalorizados, já ninguém quer viver nestes locais”, referiu a proprietária, enquanto nos mostrava as infiltrações da sua moradia.
Ninguém foi tido nem ouvido no início das obras. “Agora já tivemos reuniões com os advogados.
Embora o sr. presidente da Câmara Municipal tenha tentado ajudar a resolver os problemas, nós, propriamente, nem junta de freguesia temos. Já lho dissemos “na cara” e a Junta respondeu que não tem nada a ver com o assunto”, referiram os entrevistados ao JV.
Recorde-se...
As obras de construção civil do reforço de potência da Venda Nova III compreenderam a construção do circuito hidráulico, das cavernas da central, que incluem a câmara dos grupos e a câmara dos transformadores, do edifício de apoio e posto de corte e seccionamento e, ainda, a execução dos túneis de acesso às frentes de obra.
As obras foram essencialmente subterrâneas, mas foi necessário construir algumas à superfície, de carácter temporário, como o estaleiro, depósito temporário, as ensecadeiras para a construção da tomada de água e restituição.
O EIA (Estudo de Impacte Ambiental) considerou que a área de estudo apresenta predominantemente uma paisagem de média a elevada qualidade visual, salienta no entanto a forte intrusão visual devida à presença de elementos estranhos à paisagem, nomeadamente a subestação de Frades, o Parque Eólico da Serra da Cabreira, e também várias edificações/construções.
A fase de construção irá provocar impactes negativos decorrentes das diversas acções necessárias à execução das várias infra-estruturas do projecto, nomeadamente: Tomada de água e restituição; Túnel de saída de energia e construção, posto de corte e edifício de comando; Chaminé de equilíbrio superior; Estaleiros e Escombreiras;
Isto, apesar do Projecto de Execução do Empreendimento ter necessáriamente o parecer favorável da Comissão de Avaliação do Impacte Ambiental (AIA) e da EIA-Estudo de Impacte Ambiental que aprovou o projecto, bem como o respeito pelos resultados da Consulta Pública às populações que tiveram um tempo útil de se pronunciarem.
“Se de início a REN respeitou e indemnizou alguns proprietários pelos prejuízos causados nas suas casas em consequência de uso de explosivos e detonadores na abertura de túneis nas montanhas e circulação de veículos pesados, ultimamente as empresas que operam no terreno tratam-nos “como cães”, referiu o ruivanense João Magalhães que trabalhava no empreendimento, mas foi despedido, há mais de um ano, por ter dado uma entrevista a um jornal. Tem a sua casa à margem da estrada que dá acesso à subestação de Frades. Já gastou mais de cinco mil euros para arranjar a fachada sul da sua residência que continua com frissuras nas paredes devido à detonação de explosivos nas imediações e passagem de máquinas e camiões à sua porta.
A vistoria dos agentes de seguros comprovaram a origem dos prejuízos e a REN pagou de imediato os orçamentos das reparações que apresentei nos anos de 2007/8. Tive de revestir a casa de “capoto” e substituir a tijoleira da varanda, mas as humidades continuam a infiltrar-se na casa”, como pudemos comprovar.
Também a Sra. Emília, moradora na Avenida de S. Martinho lamenta os prejuízos que o empreendimento de Reforço de Potência da Barragem de Venda Nova III lhe tem causado nos últimos anos. “Tem sido uma dor de cabeça. Investimos aqui as nossas poupanças, construímos as nossas casas e agora cobriram-nas com linhas eléctricas. Os terrenos foram desvalorizados, já ninguém quer viver nestes locais”, referiu a proprietária, enquanto nos mostrava as infiltrações da sua moradia.
Ninguém foi tido nem ouvido no início das obras. “Agora já tivemos reuniões com os advogados.
Embora o sr. presidente da Câmara Municipal tenha tentado ajudar a resolver os problemas, nós, propriamente, nem junta de freguesia temos. Já lho dissemos “na cara” e a Junta respondeu que não tem nada a ver com o assunto”, referiram os entrevistados ao JV.
Recorde-se...
As obras de construção civil do reforço de potência da Venda Nova III compreenderam a construção do circuito hidráulico, das cavernas da central, que incluem a câmara dos grupos e a câmara dos transformadores, do edifício de apoio e posto de corte e seccionamento e, ainda, a execução dos túneis de acesso às frentes de obra.
As obras foram essencialmente subterrâneas, mas foi necessário construir algumas à superfície, de carácter temporário, como o estaleiro, depósito temporário, as ensecadeiras para a construção da tomada de água e restituição.
O EIA (Estudo de Impacte Ambiental) considerou que a área de estudo apresenta predominantemente uma paisagem de média a elevada qualidade visual, salienta no entanto a forte intrusão visual devida à presença de elementos estranhos à paisagem, nomeadamente a subestação de Frades, o Parque Eólico da Serra da Cabreira, e também várias edificações/construções.
A fase de construção irá provocar impactes negativos decorrentes das diversas acções necessárias à execução das várias infra-estruturas do projecto, nomeadamente: Tomada de água e restituição; Túnel de saída de energia e construção, posto de corte e edifício de comando; Chaminé de equilíbrio superior; Estaleiros e Escombreiras;
2016-07-13
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