segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Outubro (filme)




Apresentação com as fotografias publicadas no sítio "Vila de Ruivães" no mês de Outubro de 2016.

Como habitual, apresentamos um pequeno resumo do que publicamos aqui neste mês de Outubro que agora termina.
Dos habituais recortes d' O Jornal de Vieira, publicamos aqui este do nosso conterrâneo Manuel Joaquim F. de Barros sobre os "Os resistentes de Ruivães" e que foi publicado naquele periódico com uma destas fotografias nossas.​
Nos contributos, tivemos o início dos contributos do Vítor Mota Campos nesta página, com uma série de dezassete fotografias do Pardinho deste ano e das quais destacamos, estaestaestaesta e esta. Dos habituais, este artigo sobre as vindimas da Casa do Brás em Espindo pelo Guilherme Gonçalves, acompanhado destes dois pequenos vídeos. Curiosamente, o Manuel Joaquim F. de Barros já nos tinha enviado uma reportagem publicada na revista do Correio da Manhã sobre o mesmo tema. Deste nosso amigo, publicamos mais uma fotografia antiga. Publicamos ainda a participação de gentes da freguesia na Feira da Ladra deste ano (aquiaqui e aqui) e, para terminar esta secção de contributos, voltamos ao Pardinho, agora para as fotografias da Ana Miranda a que regressamos, aqui, aquiaquiaqui, aqui e aqui.
Nas fotografias antigas, para além da(s) já referida(s), publicamos esta fotografia das Gravuras da Mua tirada há 10 anos e que foi um dos artigos mais vistos este mês.
Nas fotografias nocturnas, esta vista para Vale da Quintã e esta da Fonte de Ruivães.
Nas fotografias soltas, o tanque e a fonte de Ruivães e o Pelourinho de Ruivães em modo panorâmico com que iniciamos o mês, várias cancelas em Zebral (123456), esta fotografia de Zebral, este quotidiano em Espindo, esta vista da Quintã ... e esta vista de Espindo, este sol de Outono na estrada e este final de dia, mais uma cancela, agora na Abeleira, garranos também na Abeleira, mais algumas fotografias daquela que é provavelmente a casa mais fotografada neste sítiogado na Boticauma árvore na Peneda, e, fotografias da Misarela tiradas no mês passado, começando pelo caminho até à ponte (aqui e aqui).
A meio do mês colocamos mais algumas fotografias que estão no nosso livro "10 anos em linha" e que ainda se encontra em venda para os interessados. 

Artigos mais vistos:
- na página, este, esteeste, esteeste;
- no facebook, esteesteeste, este e este.

Couves com feijões

"Ruivães num prato", como alguém disse...

Pardinho 2016, por Ana Miranda




terça-feira, 18 de outubro de 2016

Do alto da serra

A Vila e Vale, a Serra do Gerês em fundo.

Ponte da Misarela



Pardinho 2016, por Ana Miranda




Terminamos por agora a apresentação das fotografias que o Vítor Campos nos enviou, por isso voltamos ao lote de fotografias do Pardinho 2016 da Ana Miranda. Daqui até lá abaixo revivemos esses bons momentos pela objectiva da Ana Miranda. 

domingo, 16 de outubro de 2016

Cancela em Zebral

Flor

"Colhida" aqui

Flores

"colhidas" aqui

Chamado

Algumas casas do Chamado e a Serra da Cabreira em fundo.

«Os resistentes de Ruivães»


Em tempos idos, podíamos ver nalguns estabelecimentos um cartaz onde se reproduzia um cavalo a galope e uma máxima que dizia: 
“O tempo, passa a galope. Não o percas, nem o faças perder”.
Nós, não nos apercebemos da importância que o tempo tem na nossa vida. Ouvimos com frequência afirmações como “já passou tanto tempo!...”. Ou “Isso, foi no tempo da outra senhora”! Ou ainda “no tempo dos afonsinos…”. 
Hoje, o tempo divide-se em duas partes; “antes do 25 de Abril” e “depois do 25 de Abril”, ou também “no tempo da ditadura” e “já no tempo da democracia”.

Enfim! Temos mesmo de admitir, que o tempo comanda a nossa vida. Tivemos um tempo para nascer, um tempo para viver, e teremos um dia… tempo para morrer. 
Eu penso muitas vezes nisso, em alturas que o meu cérebro me pede uma pausa. 
Refugio-me num local isolado, vou divagando até que algo me desperte fazendo um balanço do que tem sido a minha vida. Penso no que já vivi, e tento adivinhar - sem o conseguir, claro – o que me falta viver. 
Tenho nos meus antepassados muitos casos de quase centenários, a minha família é toda natural do Alto-Minho, e foi então que uma notícia no jornal me veio dar mais esperança de vida. 
De acordo com um artigo no jornal “Correio da Manhã” de 1 deste mês de Outubro de 2016, e baseado em informação dada na véspera pelo Instituto Nacional de Estatística: «Um português vive em média 80,41 anos». É este o valor da esperança de vida à nascença para o total da população, relativo ao triénio 2013-2015». 
Mas há mais! Segundo essa informação; «Dividindo o país por 25 sub-regiões, o destaque vai para o “Cávado” e “Ave” (região norte), e “Alto-Minho”, com 81,19 anos, os valores mais altos entre os portugueses das outras regiões». E esta, hem ?... 
Assim, meus caros conterrâneos, tenham esperança de vida prolongada, pois a nossa região Cávado/Ave/Alto-Minho bate recordes e todos nós chegaremos a velhinhos!... 
De facto, constato (particularmente em Ruivães porque esta vila me diz muito), que aqui podemos encontrar um grande número de pessoas octogenárias, nonagenárias e quase centenárias, transpirando saúde física e mental, o que ocasiona a que ninguém adivinhe a idade de cada um. 
Eu vivo numa grande metrópole, onde o modo de vida (sedentária quanto baste) dos citadinos, provoca um muito baixo índice de idosos. É ver (e de lamentar) jovens na “casa dos vintes” com problemas cardíacos por falta de exercício físico. 
A idade da mortalidade, ronda pouco mais que metade da que as estatísticas agora apresentadas atribuem para o Portugal profundo, o seu interior, onde nos incluímos com alegria, por sermos mais duradoiros. 
Em Ruivães”– especificamente – vi octogenários dotados de grande vigor executando tarefas que muito cansariam jovens nas grandes urbes. 
Exemplo disso, um dia durante uma caminhada pela zona de São Cristóvão, cruzei-me com uma ancião que de sachola em punho “limpava umas bordas”. 
Cumprimentei-o, e para meu espanto disse-me estar perto dos noventa anos, e mais me espantou quando me disse: 
-Eu conheço-o. Você, é dos do Latoeiro, neto do Tio João. E o seu pai, era o César, não era? Conheci-o muito bem. Um bom homem!… 
Meu pai, morreu em 1954, tinha eu nove anos. Que memória a daquele homem! 
O mais incrível, é que ele ainda é vivo, é conhecido pelo “João do Amaro”, da Quintã. Encontra-se internado no Lar de Ruivães, lúcido quanto baste. 
Como ele, outros casos de longevidade há na nossa vila, que me deixam “embasbacado”, pois muitos deles, quando ali fui criança já eles eram adultos. 
Podia enumerar bastantes, mas para não abusar do espaço dou alguns exemplos. 
Temos o Pedro Campos, com um passado ligado à própria história de Ruivães, pois sempre o vimos envolvido nos acontecimentos que na vila se viveram ao longo de muitas décadas. É um daqueles homens que fazem parte da mobília de Ruivães. 
Quem o presenciar e o não conheça, jamais lhe dará os noventa e alguns anos mais que reza o seu B.I. 
E… por este andar vamos festejar o seu centenário, e nessa altura haverá festa em Ruivães. Continua assim bom amigo. 
Outros personagens que preenchem o dia a dia de Ruivães, e com historial idêntico ao do Pedro, como por exemplo o Amílcar Machado, o António Campos, o António Zé do Pinto, o Zé do Ferreiro etc. etc., homens para quem o tempo não passa, eles é que passam por ele. 
São verdadeiros resistentes, e ou Deus se esqueceu deles cá na terra, ou lhes atribuiu em segredo a missão de nos fomentarem esperança de vida. Se assim foi, deixem-se estar por cá muitos e bons anos mais para nossa felicidade. 
Não podemos esquecer outros resistentes “que desta vida se partiram”, e que continuam a preencher a nossa memória, mas um dia nos encontraremos todos lá em cima, para dar continuidade às “suecadas” e “biscas de nove” como forma de “matar o tempo”. 
Bem hajam, RESISTENTES DE RUIVÃES.
Manuel Joaquim F. de Barros
2016-10-13


http://www.jornaldevieira.com/noticias.asp?idart=12805

Pardinho 2016, por Vítor Campos