EN 103 – Viana do Castelo- Bragança
Uma das mais duras e traiçoeiras estradas de Portugal que liga o litoral minhoto ao nordeste transmontano. O projeto estratégico era criar uma infraestrutura rodoviária que ligasse as principais localidades da zona raiana do norte de Portugal, o que a obriga a atravessar uma região montanhosa.
O que tem de bela e cénica, tem também de perigosa, especialmente durante o inverno em que o gelo e nevoeiro são antipáticos e habituais companheiros de viagem. É também uma estrada com poucas zonas de ultrapassagem segura o que cria condições para acidentes.
Entre 2010 e 2015, registaram-se na EN 103 um total de 881 acidentes, dos quais resultaram 32 vítimas mortais.
As 10 estradas que mais vítimas mortais provocaram em Portugal são todas estradas nacionais que ligam o país como artérias de trânsito intenso e perigoso. Saiba quais são estas vias negras, porque na estrada todo o cuidado é pouco.
Os indicadores da sinistralidade rodoviária em Portugal têm vindo a registar uma evolução positiva na última década, com uma diminuição do número de acidentes, de feridos e de mortos nas estrada. Ainda assim, Portugal continua longe da média Europeia o que obriga ao reforço das políticas públicas, contempladas no Plano Estratégico de Segurança Rodoviária (PENSE 2020), documento apresentado pelo Ministério da Administração Interna este mês de dezembro e que deverá nortear a estratégia de combate à sinistralidade rodoviária no próximo quadriénio.
O documento faz um completo diagnóstico da evolução da sinistralidade rodoviária em Portugal desde 2010, identifica os problemas centrais e define prioridades de ação.
A localização dos acidentes é um dos temas tratados, por forma a identificar os locais mais perigosos pela sua tipologia. Os acidentes dentro de localidades continuam a ter uma incidência muito superior à média europeia, o que obrigará a apertar o controlo de velocidade e a incrementar infraestruturas de proteção dos peões e de segurança ativa nas localidades.
Estradas nacionais são as vias mais mortais
De acordo com o estudo, “Em média anual, neste período entre 2010 e 2015, os arruamentos e as estradas nacionais representaram conjuntamente, cerca de 80 por cento dos acidentes ocorridos, com particular destaque para os primeiros, nos quais se registaram, em média, 58,5% dos sinistros.”
As estradas mais mortíferas de Portugal são as Estradas Nacionais. É aqui que se registam a maior parte dos acidentes com vítimas mortais ou com maior Índice de gravidade. 36 por cento das vítimas mortais de acidentes em Portugal ocorreram e estradas nacionais, 33% em arruamentos, 9,2 % em autoestradas, 9,2% em estradas municipais, 5,9 % em Itinerários Complementares (IC) e 1,9 % em Itinerários Principais (IP)
A intensidade do tráfego, a deficiente sinalização, o mau estado do piso, a falta de infraestruturas de prevenção (rotundas, semáforos, passagens desniveladas) e, obviamente os erros humanos constituem o quadro negro que transforma estes quilómetros de alcatrão num permanente luto nacional. Vejamos então quais foram as 10 estradas mais mortífera de Portugal nos últimos 5 anos.
Sem comentários:
Enviar um comentário