segunda-feira, 18 de setembro de 2017

"O COMBATE DE RUIVÃES"





COMBATE DE RUIVÃES, (ou ACÇÃO DE RUIVÃES), foi um confronto militar entre forças opostas do Exército Português travado a 18 de Setembro de 1837, na localidade de Ruivães, no contexto da Revolta dos Marechais. As forças afectas ao governo, comandadas pelo Visconde das Antas, derrotaram as forças sublevadas, comandadas pelo Barão de Leiria. A vitória governamental determinou o fim da revolta com a assinatura da Convenção de Chaves, que a 7 de Outubro daquele ano determinou a rendição das tropas sublevadas, que ficaram à disposição do governo. Os oficiais, foram autorizados a manter os seus postos, mas passaram a ser pagos de acordo com a tarifa de 1719. Os chefes da revolta, o marquês de Saldanha, o duque da Terceira, o duque de Palmela, Silva Carvalho e Mouzinho de Albuquerque foram obrigados a procurar exílio fora de Portugal.

Nota:
“José do Telhado”, o herói que se tornou vilão e que já havia estado envolvido na revolta da Maria da Fonte, tendo sido um dos líderes dessa insurreição, também interveio com grande valentia no Combate de Ruivães, como reza um poema a ele dedicado:

     O Zé por lá continuou a lutar
     Nas batalhas de Ruivães e Chão da Feira
     Pancadaria da grossa
     Mas ele – nem uma mossa !
     Sempre à frente erguendo bem alto a bandeira
     Mas o fim não foi feliz
     Pois perderam por um triz
     E a revolta teve de ficar por ali
     E o Zé recambiado para o estrangeiro
     Exilado para Madrid

Foi um dos oficiais que teve de se exilar no estrangeiro, não obstante ter sido condecorado com a maior das condecorações militares de Portugal, que ainda hoje se atribui, a de “Oficial da Torre e Espada”.
Voltaria a Portugal para comandar um bando de salteadores, e de novo por Ruivães algumas vezes deambulou, acoitando-se na Casa do Corvo (Ou do Vale, hoje conhecida por “casa do Lagarto”) em Vale.



***

Paulo:
Comemoram-se 180 anos do "Combate de Ruivães" (ou "Acção de Ruivães"), com a intervenção do famoso "Zé do Telhado" que pelas bandas de Ruivães assentou arraiais.
Acaso queiras nessa altura fazer uma alusão ao acontecimento, desde já te envio esta compilação.
Atenção, que a gravura do combate, não sei se retrata as serranias ruivanenses, porém as tropas, uniformes e armamento são originais dessa época.
Um abraço.

Manuel Joaquim F. de Barros

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