COMBATE DE RUIVÃES, (ou ACÇÃO DE RUIVÃES), foi um confronto militar
entre forças opostas do Exército Português travado a 18 de Setembro de 1837, na
localidade de Ruivães, no contexto da Revolta dos Marechais. As forças afectas ao governo, comandadas pelo Visconde das Antas,
derrotaram as forças sublevadas, comandadas pelo Barão de Leiria. A vitória
governamental determinou o fim da revolta com a assinatura da Convenção de
Chaves, que a 7 de Outubro daquele ano determinou a rendição das tropas
sublevadas, que ficaram à disposição do governo. Os oficiais, foram autorizados
a manter os seus postos, mas passaram a ser pagos de acordo com a tarifa de
1719. Os chefes da revolta, o marquês de Saldanha, o duque da Terceira, o duque
de Palmela, Silva Carvalho e Mouzinho de Albuquerque foram obrigados a procurar
exílio fora de Portugal.
Nota:
“José
do Telhado”, o herói que se tornou vilão
e que já havia estado envolvido na revolta da Maria da Fonte, tendo sido um dos
líderes dessa insurreição, também interveio com grande valentia no Combate de
Ruivães, como reza um poema a ele dedicado:
O Zé por lá continuou a lutar
Nas batalhas de Ruivães e Chão da Feira
Pancadaria da grossa
Mas ele – nem uma mossa !
Sempre à frente erguendo bem alto a
bandeira
Mas o fim não foi feliz
Pois perderam por um triz
E a revolta teve de ficar por ali
E o Zé recambiado para o estrangeiro
Exilado para Madrid
Foi um dos oficiais que teve
de se exilar no estrangeiro, não obstante ter sido condecorado com a maior das
condecorações militares de Portugal, que ainda hoje se atribui, a de “Oficial
da Torre e Espada”.
Voltaria a Portugal para
comandar um bando de salteadores, e de novo por Ruivães algumas vezes
deambulou, acoitando-se na Casa do Corvo (Ou do Vale, hoje conhecida por “casa do
Lagarto”) em Vale.
***
Paulo:
Comemoram-se 180 anos do "Combate de Ruivães" (ou "Acção de Ruivães"), com a intervenção do famoso "Zé do Telhado" que pelas bandas de Ruivães assentou arraiais.
Acaso queiras nessa altura fazer uma alusão ao acontecimento, desde já te envio esta compilação.
Atenção, que a gravura do combate, não sei se retrata as serranias ruivanenses, porém as tropas, uniformes e armamento são originais dessa época.
Um abraço.
Manuel Joaquim F. de Barros
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