domingo, 3 de maio de 2020

«Ponte de Rês e caminho em consulta pública»




«A ponte de Rês e um caminho de Ruivães foi proposto ao Governo como “con­junto de interesse público” para ser classificado de interesse público municipal.
De acordo com o anúncio publicado em 16 de Abril no Diário da República, a Di­reção-Geral do Património Cultural vai propor ao Governo a classificação da Pon­te de Rês e Caminho de Ruivães, como “conjunto de interesse público”. O pro­ces­­so vai estar em consulta pública, por um período de 30 dias.
Segundo um parecer da Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), “a autenticidade e a antiguidade da ponte e do caminho de Rui­­vães corporizam valores patrimoniais relevantes que merecem proteção e valorização” e que “o tempo, a história, a memória e a função tornam a ponte e o caminho indissociáveis. É uma es­tru­tura de origem tardo-medieval, de um só arco de volta periférica que mantém as características construtivas íntegras”, sendo que “para apoio do arco utilizaram-se dois afloramentos rochosos com maior proeminência nas margens, adaptados pa­ra permitir a colocação dos blocos de alvenaria que constituem pro­priamente a estrutura da ponte, tudo executado de forma exemplar e que permanece até ho­je sem alterações significativas”.
As características reconhecíveis do arco “sugerem uma cronologia situada pelos séculos XII-XIV, sendo que a ponte de Rês unia o trajeto de Ruivães a Sala­monde e integrava a antiga via militar romana que ligava Bracara Augusta (Braga) a Asturica Augusta (As­tor­ga), por Aquae Flaviae (Cha­ves)”.
Quanto ao troço designado “Caminho de Ruivães”, este tem início junto da Estrada Nacional 103, no troço em direção a Salamonde, e vai até à povoação de Rui­vães. “Ao longo do trajeto atravessa a designada Quin­­­ta da Cruz, local onde as características do percurso se encontram menos conservadas. Todo o res­tan­te trajeto, quer o que se desenvolve na margem norte quer aquele ao longo da margem sul do rio de Sal­ta­douro conserva extensos troços pavimentados com la­jeado”, refere o parecer.
O caminho atravessa várias linhas de água, onde surgem dois pontões designados como da Corga de Mendo e da Ribeira de Che­das conforme as linhas de água a que estão associados e que apresentam as segui­n­tes características: “Típica ponte de padieira, formada por grossas e compridas lajes graníticas, dispostas transversalmente ao leito do rio, que vencem em vão único”, enumera a DRCN.
2020-04-30»


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