O tempo quente e seco que se fez sentir este ano, levou a uma antecipação das vindimas em cerca de duas semanas. A partir da segunda semana de outubro é, por norma, a altura das vindimas em Espindo, no entanto, este ano a safra foi antecipada devido às altas temperaturas e baixa humidade que se fizeram sentir.
Na data prevista para a vindima, 4 de Outubro, o S. Pedro rodou as chaves e eis que se abateu uma valente tempestade no concelho de Vieira do Minho na noite de 3 para 4. Porém, os meus familiares que estavam a passar uns dias de férias na aldeia, ao aperceberem-se deste fenómeno climatérico, anteciparam a colheita, o que foi determinante para que as uvas fossem salvas.
Como sempre, a vindima foi feita “à moda antiga”, movida a energia humana, quer na colheita, quer na pisa, que este ano, motivada pela pandemia, foi muito restrita apenas a familiares próximos.
Durante o dia 3 apanhou-se a uva e encheram-se os cestos, que foram transportados para o lagar.
No dia seguinte, após um longo, saboroso e nutritivo almoço, embalado por bom vinho e boa disposição, foi tempo de pisar as uvas com grande determinação.
A vindima da Casa do Brás na sua edição do ano de 2020, foi mais um momento de emoções fortes que a recriação desta tradição comunitária deixará na memória coletiva da Aldeia.
Um grande agradecimento ao meu cunhado Albino, irmã Albina, sobrinhos Jorge, Romeu, Albina e Ana Sofia que vieram suar e celebrar comigo e com a Palmira mais um ano de abundância. Com as suas preciosas ajudas, iremos produzir mais um vinho único, cujo aroma e paladar conheceremos daqui a uns tempos!
Guilherme Gonçalves (Casa do Brás – Espindo)
2020-10-28
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